Brincadeirinha!...
Correndo o risco de a brincadeira me acarretar a pecha de porco chauvinista, mas sem conseguir resistir, aqui vai:
Vagas impressões do cotidiano visto do alto da serra de Petrópolis entre uma baforada de charuto e um gole de um bom vinho do Porto. Ao fundo, o som pungente de uma guitarra tocando blues...
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ACOSTAMENTO: O RETRATO DO BRASIL
Retornava eu da paradisíaca Angra dos Reis quando me pus a refletir sobre tudo aquilo, concluindo que o resumo do fracasso brasileiro estava contido ali, naquela volta. A mentalidade do povo brasileiro com sua completa falta de educação, o descaso do governo apesar dos excessivos impostos, a impunidade total que incentiva a ilegalidade e a enorme oportunidade perdida que é este lindo país.
Em primeiro lugar, uma estrada completamente patética, uma colcha de retalhos repleta de buracos, que leva a um dos lugares mais lindos do mundo. O governo toma na marra quase a metade daquilo que o cidadão ganha, e oferece em troca uma estrada que parece um queijo suíço, causa de inúmeros acidentes fatais. As pessoas reclamam dos pedágios nas vias privadas, mas deveriam reclamar é dos elevados impostos. Em qualquer lugar mais civilizado do mundo, o acesso a um paraíso como Angra seria totalmente diferente, infinitamente mais decente, para atrair os turistas e seus dólares, que geram emprego e renda. No Brasil, o descaso das autoridades é total, e mais uma excelente oportunidade de reduzir a miséria é perdida.
Em segundo lugar, a falta de educação do próprio povo é impressionante. Vários motoristas, imbuídos da malandragem da “lei de Gérson”, jogam seus carros no acostamento e ultrapassam os cidadãos corretos que obedecem a fila. É como se chamassem os que respeitam as regras de otários. Eis a mentalidade do brasileiro, na média. E tal falta de educação não faz distinção de conta bancária. Verdadeiras espeluncas sobre rodas, que deveriam estar no ferro velho, passam pelo acostamento junto com “apartamentos sobre rodas”, carros que valem uma fortuna. Muitos repetem que a solução de todos os nossos males está na educação, como se esta fosse uma panacéia, mas não questionam qual educação. Aquela turma, em carros que custam mais que um brasileiro de classe média ganha por ano, tem boa “educação”, no sentido de diplomas e universidades. Mas são mal educados, pois a mentalidade é torta, e falta respeito ao próximo. Alguns – e não foram poucos – chegavam a jogar seus carros na contramão, colocando em risco, de forma totalmente irresponsável, várias famílias que iam no sentido contrário.
Em terceiro lugar, a impunidade é total, o que estimula bastante o problema da falta de educação acima. Indivíduos reagem a incentivos, e quando a ilegalidade é vantajosa, enquanto seguir as regras é penalizado, muitos irão aderir ao crime, pois nem todos são íntegros o suficiente para respeitar o próximo independente da punição da lei. Durante a minha viagem toda, que durou o dobro do que deveria, passei por apenas um carro de polícia na estrada. Ele não estava no acostamento, multando e punindo aqueles que desrespeitavam a lei e os demais motoristas. Estava estacionado na frente de um restaurante, com os policiais batendo papo com umas mulheres, enquanto ignoravam todas as atrocidades na estrada. A impunidade é um convite ao crime.
Em resumo, aquela angustiante volta de um lugar tão maravilhoso como Angra pode ser vista como um retrato do nosso país. Um governo que arrecada demais via impostos e não foca no que deveriam ser suas funções básicas, um povo que de certa forma merece os desgovernos que tem tido sucessivamente, e uma enorme oportunidade perdida. O diabo está nos detalhes. As pequenas coisas importam, são sintomáticas. O cidadão que ignora totalmente o respeito ao próximo, querendo se dar bem às custas dos outros, vem depois reclamar da corrupção em Brasília. Não nota que ele mesmo desrespeita as regras, que deveriam ser igualmente válidas para todos. Afirmam que “todos fazem”, como se isso fosse justificativa para errar. Não há absolutamente nada errado em se buscar os próprios interesses. Contanto que isso não signifique passar por cima dos outros, enganar os “otários” que são corretos.
O brasileiro sempre achou o máximo furar a fila. Coisa de malandro. Pois eis o que a malandragem gera: um país corrupto, miserável, sem lei. Enquanto isso, os “otários” dos americanos, por exemplo, seguem as regras, seja por conscientização ou por medo da punição, e vivem no país mais próspero do mundo. Há que se mudar tanto as instituições brasileiras como a mentalidade do povo. Uma coisa não funciona direito sem a outra. O sujeito que pega o acostamento, tentando passar para trás os que respeitam os outros, deveria sentir vergonha pelo seu ato. Mas a coisa é vista como tão normal que um deles, quando eu não permiti que entrasse na minha frente, ficou furioso e reclamando. O culpado era eu, que seguia no caminho correto. Essa mentalidade precisa mudar. Caso contrário, o retrato do país não irá mudar. Seremos para sempre o gigante adormecido, esse país maravilhoso que tinha tudo para ser um paraíso, mas que não passa de um recordista mundial em homicídios e pobreza.Rodrigo Constantino
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Uma máquina de lavar roupas com o aviso para não colocar ninguém dentro dela venceu o prêmio do "alerta mais maluco" promovido por um grupo lobista dos Estados Unidos.
Em segundo lugar, ficou uma fabricante de motores cujo alerta dizia: "Nunca use um fósforo aceso ou uma chama para verificar o nível de combustível".
Alertas para não secar o telefone celular no microondas e para não passar a ferro tíquetes de loteria dividiram o terceiro lugar.
A menção honrosa foi para um catálogo telefônico que advertia: "Por favor, não use este catálogo enquanto estiver dirigindo um veículo".
Os vencedores dos avisos mais absurdos foram selecionados por ouvintes de uma estação de rádio de Detroit em uma lista compilada pelo M-Law. O grupo criou o prêmio há dez anos.
O Michigan Lawsuit Abuse Watch (M-Law) diz que a tendência dos americanos de processar as empresas foi longe demais, levando as companhias a publicar avisos absurdos em seus produtos O M-Law faz campanha para reduzir o que considera os efeitos prejudiciais do excesso de litigação nos Estados Unidos.
Uma porta-voz da empresa vencedora, no entanto, disse que o aviso em seu produto, a máquina de lavar roupas, é válido.
"A máquina de lavar é exatamente o tamanho para uma criança de quatro anos de idade – estou falando como uma mãe e não como porta-voz", disse Patti Andresen Shew, da Alliance Laundry Systems.
Ela contou que outras companhias foram processadas porque crianças conseguiram entrar dentro de máquinas de lavar em funcionamento.
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Marcadores: E porque hoje é segunda
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Marcadores: Obrigado por Fumar
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A temporada de Formula 1 começa em Março, mas algumas equipes já apresentaram os seus modelos. Confira
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Marcadores: Carros Descapotáveis
Em 2003 nossos deputados federais trabalharam 118 dias;
em 2004, 93 dias;
em 2005, 107 dias
e em 2006... cansativos 92 dias.
E são estes senhores que querem dobrar o salário!
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Marcadores: E porque hoje é segunda
A liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade do dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silêncio e na solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo. Podes ter todas as grandezas do espírito, todas da alma: és um escravo nobre, ou um servo inteligente: não és livre.
E não está contigo a tragédia, porque a tragédia de nasceres assim não é contigo, mas do Destino para si somente. Ai de ti, porém, se a opressão da vida, ela própria, te força a seres escravo. Ai de ti, se, tendo nascido liberto, capaz de te bastares e de te separares, a penúria te força a conviveres. Essa sim, é a tua tragédia, e a que trazes contigo.
Nascer liberto é a maior grandeza do homem, o que faz o ermitão humilde superior aos reis, e aos deuses mesmo, que se bastam pela força, mas não pelo desprezo dela.Fernando Pessoa
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Marcadores: Pensamento da Noite
PARA QUE SERVEM HOMENS-CARNEIROS
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O Dossier Jungmann
O deputado Raul Jungmann está sendo acusado de desvio de dinheiro público. Nem dá para entender como essa denúncia não apareceu antes.
O ex-comunista Jungmann está muito em evidência há bastante tempo. Liderou o movimento que impediu Renan Calheiros de abafar a CPI das sanguessugas, faz uma oposição consistente ao governo, lidera o movimento para libertar o Congresso do jugo do presidente da República.
Ou seja, é um pecador.
O Ministério Público é aquilo que se sabe. Foi bravo no processo que levou à cadeia o deputado-motossera Hildebrando Pascoal. Foi arbitrário na invasão da residência de Chico Lopes, num ato que lembrou os costumes da ditadura militar. Foi irresponsável no processo que infernizou a vida de Eduardo Jorge Caldas, acusado de tráfico de influência. Depois o ex-secretário de FH foi inocentado. Mas só depois. O problema é o antes. O antes é aquela fase em que o sujeito circula por aí com o carimbo de corrupto na testa.
Esses jovens procuradores são muito inteligentes, preparados e conscientes do sentido de missão que há em seus cargos. Essa missão, muitas vezes, é defender os interesses do PT – como já deixou claro o famoso procurador Luiz Francisco de Souza, que anda sumido desde que seu partido chegou ao poder. A missão foi cumprida.
Assim é a geléia geral das instituições no Brasil. O presidente do Supremo Tribunal Federal faz política à luz do dia em favor de José Dirceu, e a vida segue. Cada um usa o chapéu que quiser no lugar onde bem entender.
Silvinho Pereira até hoje não entendeu qual era o problema de ser secretário do PT e ter uma sala no Palácio do Planalto. E deixou claro, em entrevista, que se sentia merecedor daquele Land Rover estacionado em sua garagem. Privatização é isso aí.
A ação contra Raul Jungmann, assinada por José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho (onde anda o Artur Gueiros? Saudades dele), tem a pujança literária de costume, falando em estrutura ilícita “nos moldes de uma quadrilha” e em esquema “chefiado” pelo ex-ministro Raul Jungmann. Sabem tudo de jornalismo, esses procuradores.
A acusação é de que houve contratos de publicidade no Incra feitos sem licitação, o que na linguagem vibrante dos autores se transforma em “desvio de dinheiro público”. Essa alegoria é importante, porque permite à infantaria do lulismo (ela nunca foi tão numerosa) dizer que, se o PT embolsou dinheiro das estatais pelo valerioduto, aí está um ex-ministro de Fernando Henrique pego também com a boca na botija.
No lusco-fusco da opinião pública acaba dando tudo no mesmo, embora haja uma diferença sutil: Jungmann não roubou (os procuradores não condenam por antecipação? Pois este espaço absolve por antecipação, e banca o que afirma) e os delubianos roubaram. Muito.
O dossiê Vedoin não deu certo, mas não há um só aloprado na cadeia ou mesmo respondendo à Justiça, portanto liberou geral. Agora está na rua o dossiê Jungmann, e a única certeza absoluta é de que outros virão. Te cuida, Gabeira.Guilherme Fiúza
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Marcadores: E porque hoje é segunda
CUANDO UN AMIGO SE VA
Cuando un amigo se va
queda un espacio vacío,
que no lo puede llenar
la llegada de otro amigo.
Cuando un amigo se va
queda un tizón encendido
que no se puede apagar
ni con las aguas de un río.
Cuando un amigo se va
una estrella se ha perdido,
la que ilumina el lugar
donde hay un niño dormido.
Cuando un amigo se va
se detienen los caminos
y se empieza a rebelar,
el duende manso del vino.
Cuando un amigo se va
galopando su destino,
empieza el alma a vibrar
porque se llena de frío.
Cuando un amigo se va
queda un terreno baldío
que quiere el tiempo llenar
con las piedras del hastío.
Cuando un amigo se va
se queda un árbol caído
que ya no vuelve a brotar
porque el viento lo ha vencido.
Cuando un amigo se va
queda un espacio vacío,
que no lo puede llenar
la llegada de otro amigo.Alberto Cortez
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Senhor(a) Diretor(a),
Pelo presente, passado nos autos em epígrafe, informo a Vossa Senhoria que por decisão da Quarta Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi concedido efeito ativo para determinar que Vossa Senhoria tome, por tempo indeterminado, uma das providências sugeridas nos autos, abaixo relacionadas, objetivando o bloqueio do site www.youtube.com, da cor-ré YouTube Inc, aos Internautas brasileiros, informando, após, o Juízo, da providência tomada.
1. Colocar um filtro na entrada da solicitação de acesso por um usuário brasileiro, dessa forma essa solicitação nem chega no computador americano.
2. Colocar um filtro na entrada da resposta do website americano, dessa forma a informação não chega ao usuário brasileiro.
Aproveito a oportunidade para apresentar a Vossa Senhoria protestos de estima e consideração.
Lincon Antônio Andrade de Moura
Juiz de Direito
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O ano de 2006 chegou ao fim. Antes tarde do que nunca. E o otimismo dos brasileiros continuará sem ser medido: ele é infindável. Ainda não consigo entender de onde tiram tanta força e vontade para comemorações que, para aqueles que desconhecem a realidade do Brasil, podem parecer a descoberta do paraíso.
A meu ver, deveríamos usar toda essa energia e dinheiro gastos para exigir mudanças concretas no nosso Brasil. No entanto, ao mesmo tempo, devo conformar-me e entender que o “povo” brasileiro legitimou tudo o que aconteceu e continuará acontecendo. Foi dada a “carta branca”.
Estive no litoral gaúcho na virada do ano. Coisa linda. Recorde de público, com certeza. O “povo” estava feliz: bebendo, comendo, cantando, brincando e dormindo. Mas talvez a felicidade seja um sonho. Quem sabe um pesadelo.
A realidade é que as áreas públicas são transformadas em palcos das comemorações. E quando olhamos superficialmente tudo parece perfeito. Festa boa: música, trago e alegria. Mas se olharmos mais atentos, veremos o “povo” em ação. O “povo” joga as garrafas vazias nas calçadas e na areia da praia; queima fogos de artifício em meio à multidão sem nenhuma segurança; faz das ruas e avenidas um estacionamento, sem se preocupar com eventuais emergências; deixa fraldas sujas, certamente para adubar a areia; perde crianças de um ano e meio de idade; entre outras preciosidades. Isso em um raio de apenas 100 metros.
A minha festa na rua durou exatos 35 minutos. Foi tempo suficiente para entender as razões que levam nosso Brasil ao atraso e a escolhas questionáveis do ponto de vista ético e moral. Nós, cidadãos brasileiros, somos o “povo” do faz de conta. Faz de conta que eu não sujei. Faz de conta que irei limpar. Faz de conta que foi sem querer. Faz de conta que poderia ser pior. Faz de conta que foi bom. Faz de conta que vai melhorar.
Pois é óbvio que com um “povo” desses, a realidade política, econômica e social não poderia ser diferente. Muitos acreditam que os políticos, ministros, juízes e demais autoridades públicas devem dar o exemplo. No meu entendimento isso é apenas uma desculpa, servindo como justificativa para ações irresponsáveis.
Podem apostar: 2007 será o ano do faz de conta. Como todos os anos que se passaram. Faz de conta que não roubei. Faz de conta que me preocupo com a sociedade. Faz de conta que vamos crescer. Faz de conta que vamos estudar. Faz de conta que não sei de nada.Timothy Halem Nery
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