domingo, outubro 07, 2007

Palácio Quitandinha prestes a trocar de mãos

O Sesc - Serviço Social do Comércio - estuda a compra do primeiro piso, sobre-loja e sub-solo do Palácio Quitandinha, um dos principais cartões postais da cidade imperial. A negociação pode ser efetivada ainda na primeira quinzena deste mês. A transação estaria avaliada em R$ 18 milhões.
Construído em estilo normando e inaugurado como o maior cassino da América Latina, em 1944, o prédio tem 50 mil metros quadrados de área construída. São seis andares, mais de 400 apartamentos e 13 salões, que podem abrigar simultaneamente até dez mil pessoas. Os salões, que compõem o primeiro andar, têm um pé-direito de quase dez metros de altura, pisos em mármore de carrara, lustres de cristal e bronze.

Histórico do Palácio

Em 1939, o empresário Joaquim Rolla comprou parte do terreno da antiga Fazenda Quitandinha e encomendou ao arquiteto italiano, Luis Fossati, um projeto para a construção do maior cassino da América Latina. A construção começou em 1940 (ano da regulamentação do jogo) e foi inaugurada em fevereiro de 1944. Pouco depois, em maio de 1946, Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo, dando início ao processo de falência de Joaquim Rolla, que figurava entre os cinco homens mais ricos do Brasil, pioneiro em empreendimentos como os cassinos Atlântico e da Urca.

Em frente ao Palácio Quitandinha, foi construído um lago, com espelho d'água de 18 mil metros quadrados, com as formas do mapa do Brasil, tendo inclusive um farol, no ponto que representa a Ilha de Marajó.

Após ter sido gerido por uma empresa americana e pelo governo do Estado do Rio, Rolla vendeu os apartamentos, criando um condomínio e em 1963, Adelino Boralli, compra o restante do prédio e transforma o antigo cassino num clube, o Santa Paula Quitandinha Clube, que volta a abrigar shows de orquestras e grandes artistas

Nos últimos anos, o prédio permanece aberto para visitação de turistas e aluga seus salões para festas e eventos de grande porte.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em agosto/07, visitei o Quitandinha.O visual externo é encantador. Imensos salões, com móveis simples. Pareceu-me, sem utilidade. Os enormes espaços, transmitiram-me frieza....Necessita de melhor conservação. De parabens o SESC que pretende comprá-lo. Imaginem aqueles espaços sendo aproveitados pelos sem números de atividades do SESC.