Aja ou saia. Faça ou vá embora
"Grande escolha", cumprimentou-se Lula. Marco Aurélio Garcia escondeu-se no banheiro para endereçar à turma do contra outro formidável top-top-top. A trovoada no coração do poder ultrapassou os limites do Planalto. Andorinhas voaram de costas, urubus ficaram brancos de medo. Romário se enganara, animaram-se multidões de flagelados dos aeroportos. O cara não era ele. O cara era Jobim.
Era nada, não demoraram a perceber todos os brasileiros com mais de cinco neurônios.
Quase cinco meses depois do discurso feroz, a Anac e a Infraero continuam à deriva. Não foi sequer montada a equipe incumbida da execução de um conjunto de medidas ainda em gestação.
Enquanto o apagão comemora o primeiro aniversário, um Jobim carrancudo repete com a voz abaritonada o que o sorridente antecessor apenas miava. "A crise vai durar mais um ano", vaticinou Waldir Pires em março. "Os problemas não terminarão antes da baixa temporada", retocou recentemente o sucessor. A baixa temporada começa em março.
Vive se queixando das carências que infestam o universo do transporte aéreo. Tenta diariamente explicar o inexplicável. Pede desculpas antecipadas pelo que ocorrerá nos aeroportos neste fim de ano. Exausto, o país do apagão espera que o passageiro da amnésia trate de agir.
Aja ou saia, ministro Jobim. Faça ou vá embora.
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