quarta-feira, outubro 31, 2007

Vamos obrigá-los a cortar despesas!?

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que, se a prorrogação da CPMF não for aprovada, o importante é que o superávit primário (economia que o governo faz para o pagamento de juros) seja mantido para garantir que a dívida pública continue a cair. Sem o imposto, o governo perde uma importante fonte de receita e, portanto, seria obrigado a cortar despesas para continuar equilibrando as contas.

Até que enfim alguém no alto escalão do govêrno fala algo sensato.
Vamos obrigá-los a cortar despesas? Afinal são pagas com o meu/seu/nosso parco e suado dinheirinho!

3 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente essa afirmação não é nem meio caminho andado. Falta eles "descobrirem" que quem é responsável pela maiores despesas é, proporcionalmente, justamente o alto escalão - vide todas as despesas dos parlamentares e todos os cargos de "confiança" (confiança de quem?).

Enquanto isso, algumas repartições aqui embaixo não tem funcionários bastantes para exercer sua função (muitas vezes essencial) com um mínimo de efetividade, não recebem os reajustes (de correção monetária!) a que têm direito e às vezes não têm nem grampos de papel.

Eu espero, sinceramente, que esse corte de gastos (se, por um milagre, alguém tiver caráter para tomar a atitude correta e realmente o realizar) comece de cima para baixo, e não arrebentando a corda do lado mais fraco, como é de costume que aconteça por aqui.

Mas acho que crer nisso é ter esperanças de mais em um sistema falido - e sobretudo em pessoas que quando têm o poder para fazer algo certo que melhore tudo para todos prefere se juntar ao bolo de caras de pau que já estavam lá e viajar pra Disney nas férias.

Enquanto isso eu fico aqui ralando pra pagar a faculdade - particular - e a gasolina dos filhos deles.

Paulo C Moreira disse...

Se a CPMF não for aprovada, fato que me encheria de esperança, mas no qual não acredito(acho apenas que se conseguirá protelar em quatro meses a sua vigência),a queda de receita será de molde a obrigar esse (des)governo a fazer, finalmente, uma reforma tributária.
Aí, acho até que alguns dos cortes serão nessa absurda gordura que sufoca os nossos bolsos!

Anónimo disse...

Por mais otimista que eu seja, não consigo mais pensar na vida sem a CPMF. Gostaria de acreditar que ela durará por apenas mais quatro meses. Acho que isso é para empurrar com a barriga (cheia) a discussão mais pra frente. E se a reforma tributária vier justamente nesse momento de diminuição na arrecadação, ai dos nossos bolsinhos... E haja cargo disponível pra isso andar.