segunda-feira, agosto 06, 2007

Vaia comigo, como se vaia na tribo

Mais de 5 mil pessoas enfrentaram um frio intenso para assistir ao show da cantora Rita Lee no Festival de Inverno de Bonito, Mato Grosso do Sul. Com quase duas horas de duração, o concerto foi uma espécie de radiografia da trajetória da roqueira e levou o público a cantar sucessos como Ovelha Negra e Lança-Perfume.

Num dos momentos do show deste sábado, Rita Lee estimulou o público a vaiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela criticou o que seria falta de ação do presidente para defender o meio ambiente e disse que "depois ele não sabe porque é vaiado". O público respondeu com quase um minuto de vaias a Lula.

A cidade de Bonito é considerada um santuário da biodiversidade e se tornou um dos principais destinos do ecoturismo brasileiro.

O apelo ecológico também fez Rita Lee plantar em um vaso uma muda de ipê roxo, árvore típica das matas tropicais, ao final do show. A planta será levada para um bosque em um parque do município.


Isso se chama opinião pública, que vai se consolidando. Esse sentimento que cresce em certos setores de que Lula e seus apaniguados já encheram a nossa paciência. Se este sentimento realmente se expande, não há campanha oficial que seja eficiente contra ele. "Se Deus quiser, Um dia acabo voando, Tão banal assim como um pardal, Meio de contrabando, Desviar do estilingue, Deixar que me xinguem, E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol"

4 comentários:

Anónimo disse...

Esse tipo de vaia acho válido.
Quanto ao da abertura do Pan, eu achei falta de educação.

Concordo que a situação da classe média vem piorando, e que a população tem que manifestar seu desapreço.

Também acho que qualquer dirigente tem que ter a consciência de que está sujeito a esse tipo de manifestação (afinal, quantos já não levaram tortas na cara?).

Acho, porém, que a abertura do Pan não era o momento. O Lula estava lá como 'representante' do Brasil, e não como 'dirigente', diante de toda a América. Pode ter sido bem feito pra ele, mas achei a manifestação inadequada e um gesto de falta de educação.

Paulo C Moreira disse...

Talvez se o Apedeuta aparecesse em público, sem ser para lançar PACs que não saiem no papel, com claque recrutada, as manifestações tivessem ocorrido noutros locais. Quanto à educação, é a da população brasileira. A mesma que vaia atletas adversários no momento das suas apresentações, para desconcentrá-los, achando que isso é patriotismo (ou será querer ganhar a qualquer custo?).
Talvez se o Apedeuta pelo menos fingisse que governa para todos os brasileiros a população que o vaiou se sentisse por ele representada...

Anónimo disse...

É verdade...

Concordo com relação às vaias aos atletas. O triste não é termos um presidente ignorante, mas sim que esse presidente seja a cara do povo brasileiro.

Acho que se a maior parte dos brasileiros se tornassem presidente da República, não fariam muito diferente do que ele faz.

Não que eu ache que as pessoas não tenham que manifestar seu descontentamento, mas grande parte dos que o vaiou deveria, primeiro, olhar para seu próprio umbigo. É sempre fácil culpar quem governa. Mas esses são os mais difíceis de "consertar". Se cada um fizesse, antes, a sua parte, nada disso seria tão difícil... Como diziam John e Paul, "All you need is love".

Esse sistema de corrupção só está aí porque a sociedade é estruturada assim. As pessoas aceitam, porque, mesmo em escala menor, também o fazem. Então, em vez de ir pra Cinelândia gastar garganta para destituir o Lula (e colocar outro idiota igual ou pior lá em cima), cada um poderia começar pelo começo, fazendo a sua parte.

Paulo C Moreira disse...

Na maior parte dos Países, a população tende a eleger pessoas melhores do que elas para as governarem. Quando percebem o erro, tendem a corrigi-lo em eleições subsequentes. A Democracia impõe isso: votar, acertar ou errar, manter ou corrigir. O único problema é que para isso as pessoas têm que ter um mínimo de capacidade crítica, um mínimo de cultura, um mínimo de discernimento do que é certo ou errado, do que é moral ou imoral, e isso a nossa não tem nem vai ter nas próximas gerações. Mas não tenha dúvida que a tendência é de que os erros de avaliação vão diminuindo a cada eleição. No caso brasileiro, o início é que é pra lá de subterrâneo, portanto vai demorar... demorar...demorar, mas chega-se lá!