quarta-feira, julho 25, 2007

Perdoai-lhes Senhor, que eles não sabem o que fazem!

Ou, incompetência é isto!
Existe dinheiro, mas os companheiros não têm projetos, a não ser o de permanecerem no poder mamando às custas dos impostos escorchantes que lhes pagamos!
Os acidentes como o de Congonhas, acabam, na realidade, por se constituírem em assassinatos por omissão!
Enquanto a crise no transporte aéreo se intensifica e faltam investimentos do governo, a disponibilidade de dois fundos setoriais que deveriam contribuir para melhorias no setor não pára de inchar. Apesar da carência de infra-estrutura nos aeroportos de todo o país, a reserva dos Fundos Aeronáutico e Aeroviário praticamente dobrou de 2002 para cá em termos reais, ou seja, desconsiderando o impacto da inflação. Juntas, as duas fontes de recursos que foram criadas com o objetivo de garantir os investimentos no sistema de aviação já acumulam R$ 2,1 bilhões, que, embora contabilizados nos Fundos, permanecem parados nos cofres do Tesouro, contribuindo para a decolagem do superavit primário no fim do ano.


O montante acumulado ao longo dos anos nos dois fundos setoriais daria para arcar com o dobro dos investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), este ano, para o Plano de Desenvolvimento da Infraero. O Plano é responsável por prover infra-estrutura aos aeroportos, além de fornecer recursos para a ampliação de pistas de pouso.Do total bloqueado nos cofres, a maior parte, R$ 2 bilhões, está no Fundo Aeronáutico. Criado por um decreto-lei de 1945, o Fundo, subordinado ao Comando da Aeronáutica, tem como um dos principais objetivos garantir recursos à modernização e ao aparelhamento dos serviços de segurança e proteção ao vôo, construção de aeroportos e obras complementares, como as de ampliação e pavimentação de pistas nos aeroportos existentes.


Apesar disso, o dinheiro aí acumulado serve mais para contribuir com a política fiscal do governo, do que com a melhoria da aviação propriamente dita. A reserva de recursos que permanece intacta no Fundo Aeronáutico cresceu 124,8% de 2002 para cá. O montante é composto, sobretudo, por tarifas pagas por passageiros e empresas aéreas que utilizam os aeroportos. Nos últimos cinco anos, a quantia disponível que provém apenas da tarifa sobre o uso dos equipamentos de comunicação em aeroportos, incluindo aí os auxílios visuais e a utilização de rádios em áreas de terminal de tráfego aéreo, praticamente quadruplicou.

Mariana Braga
Do Contas Abertas

Leia o revelador levantamento completo aqui

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