domingo, agosto 13, 2006

Saravá ! Meu Pai

Os dias como o de hoje, de há uns tempos a esta parte, vêm despertando em mim sentimentos contraditórios.
É bem verdade que estas datas foram criadas por interesse comercial, mas, aos poucos, foram se firmando no nosso calendário familiar, chegando algumas a suplantar no "ibope" individual as datas festivas tradicionais. Não tenho muitas dúvidas que a Páscoa, que junto do Natal e do Aniversário eram as festas mais comemoradas no mundo ocidental, já foi largamente superada pelo Dia das Mães, primeiro, e pelo Dia dos Namorados depois. Só este "meu" Dia dos Pais é que ainda está meio devagar...
Mas, dizia eu dos sentimentos. Pois é, à alegria de estar com os filhos, -receber um abraço apertado de um filho é muuuuuiiiiiiiito bom- (principalmente quando eles já não estão conosco no dia a dia, estudando noutra cidade, só aparecendo nos fins de semana), se contrapõem não só a mágoa da ausência irremediável do meu Pai, mas também um vago sentimento de culpa por não o ter procurado mais, conversado mais, explorado mais os seus conselhos, curtido mais a sua amizade...
Mas ele estava ali. Ao alcance...
(E é da eterna burrice da espécie humana, só se dar valôr ao que se não tem...)

Saravá! Meu Pai

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