terça-feira, julho 31, 2007

Uma nau que perdeu o rumo

O longo apagão aéreo, que não se encerrou com a troca no comando do Ministério da Defesa, levou os brasileiros a constatarem, aflitos, que a administração Luiz Inácio Lula da Silva está sem rumo. A aflição da sociedade com a falta de comando se generaliza e preocupa. A crise nos céus permitiu contemplar a desorganização generalizada. O Brasil não tem gestor e os responsáveis pela definição do futuro ou não se entendem ou não sabem controlar cofres e investimentos

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No esforço para agradar partidos e formar maioria no Congresso, o presidente Lula inchou a máquina administrativa. Criou pastas desnecessárias e ungiu ministros com inapetência crônica. A propalada falta de vontade presidencial para demitir, com a mesma fartura com que nomeia, deixou brasileiros mortos no Mato Grosso e em São Paulo e famílias enlutadas. Em qualquer país democrático do planeta, o assessor sem pasta Marco Aurélio Garcia teria sido dispensado depois da grosseria do gesto com o qual saudou a hipótese de falha mecânica para a tragédia com o avião da TAM. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, estaria fora da equipe depois do infeliz conselho aos que dormem nos chãos de granitos dos aeroportos. Os brigadeiros da Aeronáutica e da Infraero não comandariam mais nada. A diretoria da inexistente Agência Nacional de Aviação Civil já teria ido para o espaço. A ministra da Casa Civil e suas demonstrações de arrogância há muito teriam desaparecido do Planalto. O presidente do Senado, Renan Calheiros, não seria agraciado com apoios explícitos, mas cobrado a se afastar do cargo.

De desculpa em desculpa, o presidente que há sete meses iniciou o segundo mandato, começa a se exaurir. E a levar o país de roldão. É hora de mudar. Antes de um apagão geral que ninguém quer e o país não suportará.

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