terça-feira, outubro 09, 2007

A Voz do Dono e o Dono da Voz

Já ouviram a voz do Senador José Sarney se manifestando contra todas as vergonhosas peripécias em que Renam se tem envolvido, e ao Senado?
Como ex-Presidente da República talvez se esperasse uma posição mais altaneira, menos fisiológica deste senhor, quanto mais não seja em defesa da instituição que também já presidiu, impedindo o seu uso em beneficio de interesses escusos do atual presidente. Contudo, não só ela não se ouviu, como se sabe agora que é um protegido seu que é usado como araponga na armação das chantagens tentadas por Renan!
Veja o que conta Sebastião Nery em sua coluna:
A imprensa cada dia sabe menos do que diz. O funcionário da presidência do Senado, Francisco Escórcio, flagrado no aeroporto de Goiânia acertando um esquema mafioso para filmar e controlar os vôos dos senadores goianos Demóstenes Torres e Marconi Perilo, pode ter ido lá prestar serviços a Renan Calheiros, mas ele não escova os dentes sem ordem do senador Sarney.


Quando Sarney era proprietário do Maranhão, na ditadura, o Chiquinho Escórcio, imposto por Sarney, chegou a ser suplente do saudoso senador Alexandre Costa, e assumiu algum tempo, quando Alexandre adoeceu.

Quando Sarney foi presidente da República, Escórcio era móveis e utensílios do Palácio do Planalto. No primeiro governo Lula, Sarney nomeou Escórcio sub-subchefe da Casa Civil, substituto de Waldomiro Diniz, aquele avô do Mensalão, que era o vice de José Dirceu.

Defenestrado José Dirceu da Casa Civil, Sarney levou Escórcio para o Senado, para suas missões impossíveis. E, a fim de não dar muito na vista, em vez de o pôr no próprio gabinete, o instalou no gabinete de Renan Calheiros, mas sempre a serviço dele, Sarney (onde ganha R$ 9.200).

Sebastião Nery

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