quarta-feira, junho 13, 2007

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A BOMBA-RELÓGIO DO ASSISTENCIALISMO

Enquanto o reposicionamento do Brasil na economia mundial exige investimentos relevantes na tentativa de dotar o País de uma infra- estrutura mínima em termos de logística e energia, ao mesmo tempo em que procura consolidar algumas plataformas regionais de economia do conhecimento com um mínimo de competitividade, os recursos públicos têm sido, aos cântaros, exauridos em programas de cunho meramente assistencialista, que reproduzem o ciclo vicioso de clientelismo, conformismo e dependência de um Estado paternalista.

A questão fundamental não é de questionar os efeitos positivos dessas políticas: é óbvio que, em números absolutos, as quantias transferidas nos programas de distribuição direta de renda trazem algum benefício às economias locais, e ganho de qualidade de vida às pessoas. A dúvida é: a que custo? A outra dúvida é: o que poderia ser construído,alternativamente, em termos de programas estruturantes, de educação, informação, capacitação profissional com esses recursos?

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O principal argumento em sua defesa é verdadeiro e de fácil constatação empírica: pelo bem, pelo mal, pela primeira vez é encontrada uma fórmula capaz de diminuir os níveis absolutos de pobreza. Mas não é oferecido um mecanismo de rompimento com o ciclo da pobreza e dependência, que viria com um processo amplo de desenvolvimento econômico e reposicionamento na economia mundial, com educação não apenas universal. mas de qualidade, com a valorização do professor.

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A dúvida é: essa transferência pode ser considerada investimento, essas regiões serão diferentes no futuro? Ou trata-se de mera acomodação social em meio à perenização do fisiologismo na política e o escapismo em enfrentar a necessidade de modernização na estrutura econômica e institucional do País, mexendo em atrasadas estruturas de poder?
Gustavo Brisa

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1 comentário:

Anónimo disse...

Com esse questionamento eu concordo plenamente!