quarta-feira, maio 09, 2007

Brasil X Bolívia - O que se joga

O Governo brasileiro está em negociações com o Governo boliviano para a execução dos projetos de duas hidroelétricas no rio Madeira – Jirau (3.400 megawattz), a 50 km da fronteira, e Santo Antônio (3.150 megawattz), ao lado de Porto Velho, ao custo estimado de R$5,6 bilhões a R$8,4 bilhões. A Bolívia alega que haveria dano ambiental na região, com a "extinção de algumas espécies" na fauna e na flora, como revelou recentemente seu Chanceler David Choquehuanca.

Além de negar esse risco, o Governo brasileiro descartou a necessidade de um acordo com a Bolívia para poder construir as duas usinas, porque ambas estão em território nacional e não terão nenhuma influência na área boliviana. A Bolívia contesta esta última alegação, argumentando, ademais, que cerca de 80% das águas do rio Madeira provém de seu território.

Evo Morales já sinalizou a Lula que tais problemas poderiam ser obviados se o Governo brasileiro concordar em pagar uma indenização por danos futuros - seriam “compensações econômicas” para as famílias bolivianas que vivem às margens do rio Madeira. Sustenta que, com as duas represas, não haverá mais variações sazonais no nível das águas e causará aos bolivianos a perda de suas terras de cultivo, porque ficarão inundadas permanentemente.

Se bem conheço o
modus operandi do companheiro Evo, o embroglio gaso-petrolífero com o Brasil seria rapidamente resolvido se o governo brasileiro concordasse com as exigêcias bolivianas a respeito deste assunto que, resumindo, são: nós pagamos todo o projeto e a Bolívia recebe uma renda eterna por pretensos prejuízos ambientais.

Com a palavra o Apedeuta I


Sem comentários: