segunda-feira, abril 09, 2007

Governar é preciso. Discursar não é preciso...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva completará amanhã cem dias do seu segundo mandato sem conseguir ainda solucionar um dos maiores problemas do seu governo - a dificuldade gerencial de transferir os seus projetos do papel para a ação.

A exemplo dos primeiros quatro anos de governo, há planos ambiciosos que acabam não se concretizando, regras de conteúdo dúbio e uma série de indecisões governamentais que dificultam o funcionamento adequado da máquina administrativa do País.Nos primeiros três meses do segundo mandato, essa confusão gerencial certamente foi mais percebida com a crise no setor aéreo. Ela é responsável pelo caos instaurado nos aeroportos brasileiros desde outubro de 2006 e sintetiza um estilo de tomada de soluções que parecem satisfatórias no momento, mas acabam sem resultado.O sucesso das duas principais propostas do governo para o segundo mandato dependerá, fundamentalmente, de uma alteração desse quadro.

Nesses primeiros cem dias da segunda gestão Lula, o governo apostou as suas fichas no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e no Plano de Desenvolvimento da Educação - para dar um salto de qualidade na economia e também conseguir fazer deslanchar as propostas para o ensino.Lançado em 22 de janeiro, o PAC começa a tropeçar nos costumeiros problemas gerenciais e políticos do governo, agravados por questões do Congresso - como a briga pela instalação da CPI do Apagão Aéreo e a obstrução da pauta de votações. Mais de dois meses depois do anúncio do programa, as medidas provisórias que integram o pacote mal começaram a ser votadas.

Na Casa Civil, comandada pela ministra Dilma Rousseff, já se admite que 9% das 50 obras de infra-estrutura que integram o PAC podem acabar não saindo do papel.
Estadão

Mas que ministrazinha mais otimista...! Leia o artigo completo aqui

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