E Mello ficou (Ca)puto
O ministro Caputo Bastos, do TSE, fez, na semana passada, durante um seminário no Rio, declarações que aproximam o tribunal integrado por ele de uma corte de mentirinha. Segundo Caputo, os políticos fingem que prestam contas [de suas tesourarias de campanha] e o tribunal finge que aprova.
Nesta segunda-feira (23), Marco Aurélio disse o seguinte:"Só posso imaginar que o Rio de Janeiro leva ao delírio, tendo em conta o que ele veiculou. Não estou no tribunal para fingir coisa alguma. Se ele finge, está no local errado. Se ele finge, está claudicando na arte de proceder e esta não é a postura dos demais integrantes do tribunal. Quem fala pelo TSE é o presidente do TSE.
Marco Aurélio recordou as condições que envolveram o julgamento das contas do comitê reeleitoral de Lula. Disse que, em tempo exíguo (72 horas), 26 técnicos do TSEdebruçaram-se sobre a contabilidade de campanha do presidente. Detectaram problemas. O PT chegou a promover uma retificação. Mesmo assim, remanesceram vícios.
"O colegiado [de técnicos] reprovou as contas do comitê do presidente Lula, tendo em conta doação espúria”, disse Marco Aurélio. “O colegiado [de ministros do TSE] aprovou as contas do presidente, contra o meu voto, porque admitiu uma transferência de um passivo de R$ 10 milhões, gastos a descoberto, para o partido. E as contas do adversário tucano, Geraldo Alckmin, estão em exame ainda, mas já na primeira fase de exame caíram em exigência e teremos a retificadora."
E a mim fica a impressão de que o que Caputo falou é verdade, embora não o devesse ter dito, e que Mello embora o devesse ter dito, tangenciou a verdade.
2 comentários:
Impressão essa não tão vaga assim...
Tu o dizes!
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