segunda-feira, outubro 30, 2006

Vem Evo querido! Agora pode.

"O acordo anunciado entre a Petrobras e a Bolívia prevê o aumento dos impostos sobre a produção de gás da estatal brasileira naquele país de 50% para 82%.
Com a assinatura do acordo, a Petrobras deve se tornar uma prestadora de serviços na Bolívia. A companhia deixa de ser dona das reservas de gás no sul do país, que passam para as mãos da estatal boliviana YPFB, mas continuará explorando os poços.

Segundo Rondeau, a Petrobras fez um bom acordo sobre o gás com a Bolívia. O acerto, segundo ele, representa a "continuidade de um projeto de aliança que pode ser muito importante".
Segundo o ministro, tanto a Petrobras quanto a estatal boliviana YPFB cederam com relação ao acordo original, que previa a nacionalização das reservas da Bolívia.( Se, as reservas deixarem de ser da BR e passarem para estatal boliviana não é nacionalizar, é o quê?)
Rondeau enfatizou que o acordo fechado neste sábado trata apenas da exploração do gás. O acordo sobre as refinarias de petróleo, cujo controle foi assumido pela YPFB ainda não tem data para ser fechado. Já as negociações sobre o preço do gás devem ser encerradas até o próximo o dia 10.
A Petrobras é a principal investidora na Bolívia e responsável pela exportação para o Brasil 26 milhões de metros cúbicos de gás por dia, volume que representa metade da demanda interna do país."
Portal O Globo


Isto é só o começo! Aguentem firme que ainda tem o aumento do preço do gás.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não acho que esse acordo tenha sido ruim, no final das contas. Pior seria perder a possibilidade de exploração do gás. A nacionalização do gás é questão de soberania interna da Bolívia (aqui no sentido jurídico, e não político). Não pode uma empresa ser proprietária de recursos naturais de um país estrangeiro, por mais que detenha o monopólio de sua exploração ( já pensou se uma empresa francesa, p. ex. se enfia na Amazônia pra desenvolver a biodiversidade e clama a propriedade do solo e dos recursos hídricos???)A BR se manterá como principal investidora do recurso no país, o que não deixa de ser vantagem, dadas as circunstâncias... Vai ficar mais caro? Vai, mas podia ser pior, se se batesse o pé.

Paulo C Moreira disse...

O que não pode, ou não deveria poder, é um país romper os contratos firmados, sem pelo menos uma contrapartida.
A BR, em função de contratos de exploração investiu em equipamentos e tecnologia, que foram repassados sem custo para a petroleira local.É claro que isto ia acontecer. O Lula é que conseguiu o apoio do "Evo, meu querido,"para que a tunga só se consumasse depois das eleições.

Anónimo disse...

Mas, na minha opinião, quando a BR firmou esses contratos, já sabia que havia esse risco (ou pelo menos deveria saber), pois essa exploração, da maneira que era feita aviltava a soberania da Bolívia. A quebra contratual fooi feita com uma ponderação de princípios, segurança jurídica X soberania. Dessa vez, a soberania ganhou. Não questiono o caráter populista do ato, aliás não quero defendê-lo ou criticá-lo, mas Evito o fez cumprindo promessa de campanha. Talvez a BR devesse ter tomado providências mais cedo, antes da promessa se concretizar, a meses atrás. A BR foi extremamente prejudicada, sim, mas acredito que, dentro das circunstâncias, poderia ter sido pior, tanto para a BR, quanto para as relações externas brasileiras.

Anónimo disse...

Mas a foto e o título estão ótimos!!! hahahaha