sexta-feira, outubro 06, 2006

Os narizes continuam crescendo

Ainda a respeito do uso da máquina pública (é bom não esquecer que quando estamos falando de dinheiro público estamos, na realidade, falando do meu/seu/nosso) posta a serviço da campanha chapa branca, a que me referi atrás, veja-se como a situação é tão evidentemente relacionada à inesperada necessidade de ter que disputar o segundo turno:
No final de setembro, (quando as pesquisas ainda davam ao Sr Lulla uma vitória fácil em primeiro turno) o governo fez um corte no Orçamento de
R$ 1,6 bilhão na revisão bimestral das contas por temor de que a meta do superávit primário, de 4,25% do PIB, não fosse cumprida.
No dia 05 de Outubro, portanto 10 dias depois do corte, ou 4 dias depois do primeiro turno, o govêrno edita uma medida provisória liberando dispêndios de R$ 1,5 bilhão, para Estados em que o desempenho eleitoral do sr Lulla ficou aquém do aguardado.
Para que produzisse os esperados efeitos eleitorais, foi necessário agir com rapidez e aí não deu tempo de os ministros do Planejamento e da Fazenda combinarem direito a mentira. Vejam as justificativas de cada um:
De acordo com o ministro da Fazenda, o sr Guido Mantega, a liberação de R$ 1,5 bilhão foi possível devido a uma boa arrecadação em setembro.
Já o Sr Paulo Bernardo, do Planejamento, ontem, disse que a liberação foi possível porque o governo decidiu utilizar o superávit financeiro do ano passado, que é a arrecadação dos últimos dias do ano e que não foi colocado no Orçamento de 2006.
Vamos discutir Ética sr Lulla? TSE neles!

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