quarta-feira, outubro 25, 2006

Ah Bom! O mesmo script de novo?

"Claro que não foi. É evidente que não foi o PT. Foram pessoas que montaram um grupo de inteligência entre aspas e que fizeram isso (a negociação). É isto que está nos autos (inquérito)", disse o ministro Márcio Thomaz Bastos a jornalistas após participar de uma cerimônia da Polícia Federal na sede do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.

Ainda bem que o sr percebeu a tempo que partido não fala, partido não anda, partido não carrega malas com dinheiro....mas, meu caro ministro, já reparou que essas pessoas TODAS eram do PT?
Então ficamos combinados, não foi o PT, foram os petistas. Tá bom assim?

Mas é o script de todos os escândalos que têm aparecido no atual governo: o Planalto leva um susto, Lula fica indignado, um ministro (ou um neo-governador) é escalado para falar em "armação", Márcio Thomaz Bastos entra em ação para reduzir danos e a culpa acaba sempre nas costas dos aloprados.

No final, Lula vai amontoando cadáveres: José Dirceu, Antonio Palocci, José Genoino, Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Sílvio Pereira, aos quais vêm se somar, agora, Freud Godoy, que trabalha há 16 anos com Lula e com o PT, tem gabinete no Palácio do Planalto e função na campanha da reeleição, e Jorge Lorenzetti, petista desde criancinha e também linha de frente do comitê.

Encontrado o culpado de plantão, agora é rezar para não ter que encontrar os chefes. Porque, senão, lá se vai o Berzoini, ou o Gilberto Carvalho, secretário particular de Lula e, em tese, chefe direto de Freud no Planalto. A cabeça de um dos dois, ou dos dois, terá que ser dada de bandeja para salvar a pele do chefe Lula.

Completando o círculo, é só manter a mesma ladainha do complô dazelites: da oposição, da imprensa, dos ricos.

É assim que a eleição passa, as pesquisas vão confirmando o favoritismo de Lula e nada muda. Só tem um detalhe. Essa história toda não acaba em outubro e, se Lula vencer, já vai começar o segundo mandato com a classe média de cara virada, formadores de opinião enojados, processos correndo na justiça e no Congresso e um monte de cadáveres que, na verdade, não são cadáveres. São mortos-vivos. E estes sempre aparecem. Para assombrar.

E ministro, antes que me esqueça, e com todo o respeito, vá catar coquinho!

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