quinta-feira, outubro 19, 2006

Acordo de bandidos

Do Globo de hoje:
PRESIDENTE PRUDENTE. O principal líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pontal do Paranapanema), José Rainha Júnior, afirmou ontem que a trégua nas invasões de fazendas tem dia e hora para acabar: ao final do processo eleitoral, às 17h do próximo dia 29, o MST voltará a comandar invasões para reivindicar a reforma agrária. Ele admitiu que a trégua só acontece agora porque o movimento deseja ajudar na reeleição de Lula.

— Vamos sair da trincheira no dia 29, às 17h, vitoriosos com o governo Lula — disse Rainha.

A votação do segundo turno da eleição presidencial ocorrerá das 8h às 17h, no dia 29, último domingo do mês.

— Ao sair da batalha eleitoral, vamos mobilizar o movimento social. A trégua nas invasões é uma estratégia do MST para não prejudicar a campanha do presidente Lula.

Se o movimento fosse justo, e como a reforma agrária deste govêrno foi pífia, seria de esperar que não houvessem
tréguas estratégicas! Infelizmente, como o MST é um movimento absolutamente político anti-democrático, a quem interessa mais ocupar ilegalmente terras do que a reforma agrária própriamente dita, convém-lhe ter no govêrno quem compactue com este banditismo travestido de movimento social!

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que o MST deve ser um movimento político sim, mas na medida em que a ´política seja necessária à persecução de seu objetivo (na teoria) priordial: a reforma agrária e o assentamento das famílias para permitir o aproveitamento de terras improdutivas e cumprir a função social da propriedade (rural). O que não se pode permitir é a politicagem e o desvio deste objetivo para práticas "bandidas", que nada têm a ver com reforma agrária, e neste ponto concordo contigo quando dizes que não seria necessária "trégua" alguma se não fosse assim. Ponto negativo para o governo Lula.