segunda-feira, novembro 05, 2007

Fraudes na saúde pública chegam a R$ 613 milhões

"O volume de recursos federais aplicados irregularmente no sistema de saúde desde 2003 alcança a cifra de R$ 613 milhões. De janeiro de 2003 a julho deste ano só a Controladoria-Geral da União (CGU) apurou prejuízos de R$ 513,2 milhões. Os problemas vão de fraudes e desvios a falhas na aplicação de verbas.

São muitos os escândalos. A máfia das sanguessugas, por exemplo, desviou R$ 39,2 milhões com a venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras com recursos do Orçamento da União. A Operação Vampiro, da Polícia Federal, acabou com um esquema de superfaturamento na compra de hemoderivados que agia desde 1997 - a CGU já encontrou um prejuízo de R$ 21 milhões, mas o Ministério Público calcula que o total pode chegar a R$ 120 milhões.

As fraudes mais recentes foram identificadas na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e envolvem contratos sem licitação e pagamentos antecipados em contratos de 2006. O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou pagamentos irregulares de R$ 6,4 milhões.

Na semana passada, a PF revelou novo escândalo na Funasa. Segundo a investigação, dinheiro destinado ao atendimento de populações indígenas era desviado, com conivência de dirigentes do escritório da fundação em Roraima. O rombo é estimado em R$ 34 milhões.

A esses esquemas soma-se o resultado de processos administrativos abertos pelo próprio Executivo nos últimos anos para investigar fraudes e falhas na aplicação de recursos, as chamadas tomadas de contas especiais. O prejuízo de R$ 513,2 milhões apontado pela CGU desde 2003 refere-se a irregularidades na aplicação de verbas da saúde em seu destino final. Trata-se de dinheiro repassado pela União a prefeituras, governos estaduais e hospitais ou aplicado por órgãos do ministério.

Na contabilidade da CGU, a pasta da Saúde, dona da maior fatia do Orçamento da União entre os ministérios - R$ 49,69 bilhões este ano -, tem o maior volume de irregularidades. Ganha da Educação, cujo orçamento para este ano é de R$ 27,58 bilhões. No caso do MEC, as tomadas de contas concluídas a partir de 2003 apontam prejuízos de R$ 471,2 milhões por causa de irregularidades diversas nas prestações de contas."


Que tal pararem com o roubo, e criarem mecanismos para que tal não se repita, antes de querem mais dinheiro nosso, prorrogando a CPMF?

Em tempo: O valôr acima referido é apenas a ponta do iceberg detectada pelos organismos de contrôle. Com certeza que o desvio real é muito maior!

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa parte do dinheiro dos nossos tributos vai para fora do brasil, através de empresas estrangeiras. Mercedes-Benz, BMW, IBM, Microsoft, Macintosh, Delta Airlines, Hilton, Dior, Prada...

Outra parte fica por aqui, em São Paulo, Rio, Campos do Jordão, Búzios... E também em faculdades como Makenzie, Puc, IBMEC, Cândido Mendes.

Pagamos os carros, as viagens, os estudos dos filhos, os presentes das mulheres e amantes. Parte do que pagamos deve ser investida na bolsa, para multiplicar o (nosso) dinheiro deles.

Vou me candidatar também. Quem sabe consigo financiamento, através da CPMF, para custear meu mestrado em Coimbra?

O resto do país que se estrepe. Não sou amigo de 170 milhões de pessoas. Se der m... eu me aposento e fico de vez por lá.