Mais acção e menos discurso!
Apesar do alerta feito no início do ano pelo Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), de que o semi-árido brasileiro corre o risco de se transformar em semi-deserto nos próximos 60 anos, a região ainda carece de recursos governamentais. Os estados que sofrem com a seca abrigam mais de 30 milhões de pessoas. No entanto, o Programa de Combate à Desertificação (PAN), principal instrumento do governo federal ligado diretamente ao problema, sofre com a falta de recursos. Nos últimos três anos (2004, 2005, 2006), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) aplicou no programa apenas R$ 3,5 milhões dos R$ 10,4 milhões autorizados em orçamento. Este ano a situação ainda é pior. Faltando três meses para acabar 2007, somente R$ 278,9 mil foram efetivamente aplicados, dos R$ 11,3 milhões previstos, ou seja, menos de 3% do total.
O semi-árido brasileiro suscetível à desertificação inclui 1482 municípios, que concentram 31,6 milhões de pessoas (19% da população do país) de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A região pode transformar-se em um local semi-deserto até 2067, o que provocaria a migração dos moradores para outras áreas do país, causando um caos social. Essa previsão é feita por especialistas em políticas para o semi-árido e por ambientalistas.
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