De como Lula abriu as pernas ou o começo da sindicalização das Forças Armadas
Lula entrega tudo o que os controladores pedem, quebra a hierarquia militar e leva a sindicalização para as Forças Armadas
Depois de seis meses de desordem, sem que o governo tivesse produzido ao menos um diagnóstico da crise, Lula cedeu à chantagem dos controladores, aceitando todas as suas reivindicações, quebrou a disciplina na Aeronáutica e levou a sindicalização para o seio das Forças Armadas.
- Os controladores queriam uma gratificação imediata. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam um plano de carreira. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam a suspensão de qualquer punição. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam o cancelamento da transferência de colegas. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam o que chamam de interlocução permanente. Lula disse “sim”:
- Os controladores queriam a progressiva desmilitarização do tráfego aéreo. Lula disse “sim”.
Ao dizer tantos “sins”, o Apedeuta I tirou a autoridade do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, recém-empossado, e perdeu a sua própria. Do Estadão deste sábado: “A decisão de abrir negociação com a categoria e barrar a prisão de 18 sargentos insubordinados foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voava para Washington. À noite, assim que chegou à capital dos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente George W. Bush, Lula telefonou para o vice-presidente, José Alencar, e para e os ministros da Defesa, Waldir Pires, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Recomendou que fizessem de tudo para reverter a crise provocada pela paralisação dos controladores de vôo e os lembrou de que o funcionamento do setor aéreo é ‘uma questão de segurança nacional’.”
A desmilitarização em meio a essa balbúrdia vai levar a que os céus do Brasil sejam entregues à CUT — que vive a sua fase pelega porque o governo é do PT. E depois? Todos sabem qual é a resposta. Muito bem. Mesmo sem a passagem do setor para os civis, o movimento dos controladores assumiu características de movimento sindical, sem perder, no entanto, a sua fachada também militar. Os sargentos se auto-aquartelaram, e suas lideranças divulgaram um manifesto em que diziam não confiar mais em seus superiores.
O nome disso é indisciplina, e se resolve com cadeia. “O que está ocorrendo é o modelo típico de 63: meia dúzia de sindicalistas radicais insuflando a tropa”, disse ao Estadão deste sábado o tenente-brigadeiro da reserva Sérgio Ferolla, ex-presidente do Superior Tribunal Militar. Naquele ano, os sargentos tomaram a Rádio Nacional, cortaram as ligações telefônicas de Brasília com o País e prenderam oficiais e um ministro do Supremo Tribunal Federal. O movimento foi reprimido pelo Exército, que prendeu 600 sargentos. Ainda no Estadão: “Outro oficial lembrou que não se pode dar aumento diferenciado aos controladores. ‘Do contrário, daqui a pouco o mecânico do radar também vai querer’. Para ele, as Forças Armadas passam por uma crise. ‘A insatisfação é grande. Praça e oficial ganham pouco e vivemos uma fuga de quadros experientes para outras carreiras’.”
Ainda segundo o Estadão o (des)Governo, mesmo depois de seis longos meses de crise, mesmo com o anúncio da mobilização dos controladores em todo o país, não estava minimamente preocupado com a situação já que não havia uma única autoridade de primeiro escalão em Brasília:“O mais sério desafio dos últimos meses, na vida do País — que, embora tenha durado menos de cinco horas, foi encarado como uma grave insurreição de militares — pegou a cúpula do governo inteiramente desmobilizada. Antes que o ministro Paulo Bernardo conseguisse o compromisso, já no final da noite, não havia no Distrito Federal uma única autoridade de primeiro escalão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava a caminho de Washington, e o vice, José Alencar, em Belo Horizonte. O ministro da Defesa, Waldir Pires, havia saído no meio da tarde para o Rio e estava no início da noite paralisado em um aeroporto enquanto o movimento grevista se espalhava pelos Estados. Também estavam fora de Brasília o ministro da Justiça, Tarso Genro e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, além dos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Walfrido dos Mares Guia, das Relações Institucionais. Nem com os diretores da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) se podia contar: eles também tinham viajado e não conseguiram voltar.”
Os controladores fizeram chantagem, quebraram a hierarquia, insuflaram a indisciplina e levaram o que queriam. Sob o patrocínio de Lula e seus asseclas. Não nos enganemos: o sindicato entrou nas Forças Armadas.
Os próximos passos ou são um agravamento da crise nas Forças Armadas, com pedidos de demissão em massa, ou a exigência , por parte da Aeronáutica, de que todos os controladores sejam imediatamente desligados da tropa, para evitar a sua contaminação.
De qualquer modo, se era para atender a todas as reivindicações dos controladores o Apedeuta poderia tê-lo feito seis meses atrás, e poupado a população de todos os transtôrnos por que passou.
Depois de seis meses de desordem, sem que o governo tivesse produzido ao menos um diagnóstico da crise, Lula cedeu à chantagem dos controladores, aceitando todas as suas reivindicações, quebrou a disciplina na Aeronáutica e levou a sindicalização para o seio das Forças Armadas.
- Os controladores queriam uma gratificação imediata. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam um plano de carreira. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam a suspensão de qualquer punição. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam o cancelamento da transferência de colegas. Lula disse “sim”;
- Os controladores queriam o que chamam de interlocução permanente. Lula disse “sim”:
- Os controladores queriam a progressiva desmilitarização do tráfego aéreo. Lula disse “sim”.
Ao dizer tantos “sins”, o Apedeuta I tirou a autoridade do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, recém-empossado, e perdeu a sua própria. Do Estadão deste sábado: “A decisão de abrir negociação com a categoria e barrar a prisão de 18 sargentos insubordinados foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voava para Washington. À noite, assim que chegou à capital dos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente George W. Bush, Lula telefonou para o vice-presidente, José Alencar, e para e os ministros da Defesa, Waldir Pires, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Recomendou que fizessem de tudo para reverter a crise provocada pela paralisação dos controladores de vôo e os lembrou de que o funcionamento do setor aéreo é ‘uma questão de segurança nacional’.”
A desmilitarização em meio a essa balbúrdia vai levar a que os céus do Brasil sejam entregues à CUT — que vive a sua fase pelega porque o governo é do PT. E depois? Todos sabem qual é a resposta. Muito bem. Mesmo sem a passagem do setor para os civis, o movimento dos controladores assumiu características de movimento sindical, sem perder, no entanto, a sua fachada também militar. Os sargentos se auto-aquartelaram, e suas lideranças divulgaram um manifesto em que diziam não confiar mais em seus superiores.
O nome disso é indisciplina, e se resolve com cadeia. “O que está ocorrendo é o modelo típico de 63: meia dúzia de sindicalistas radicais insuflando a tropa”, disse ao Estadão deste sábado o tenente-brigadeiro da reserva Sérgio Ferolla, ex-presidente do Superior Tribunal Militar. Naquele ano, os sargentos tomaram a Rádio Nacional, cortaram as ligações telefônicas de Brasília com o País e prenderam oficiais e um ministro do Supremo Tribunal Federal. O movimento foi reprimido pelo Exército, que prendeu 600 sargentos. Ainda no Estadão: “Outro oficial lembrou que não se pode dar aumento diferenciado aos controladores. ‘Do contrário, daqui a pouco o mecânico do radar também vai querer’. Para ele, as Forças Armadas passam por uma crise. ‘A insatisfação é grande. Praça e oficial ganham pouco e vivemos uma fuga de quadros experientes para outras carreiras’.”
Ainda segundo o Estadão o (des)Governo, mesmo depois de seis longos meses de crise, mesmo com o anúncio da mobilização dos controladores em todo o país, não estava minimamente preocupado com a situação já que não havia uma única autoridade de primeiro escalão em Brasília:“O mais sério desafio dos últimos meses, na vida do País — que, embora tenha durado menos de cinco horas, foi encarado como uma grave insurreição de militares — pegou a cúpula do governo inteiramente desmobilizada. Antes que o ministro Paulo Bernardo conseguisse o compromisso, já no final da noite, não havia no Distrito Federal uma única autoridade de primeiro escalão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava a caminho de Washington, e o vice, José Alencar, em Belo Horizonte. O ministro da Defesa, Waldir Pires, havia saído no meio da tarde para o Rio e estava no início da noite paralisado em um aeroporto enquanto o movimento grevista se espalhava pelos Estados. Também estavam fora de Brasília o ministro da Justiça, Tarso Genro e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, além dos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Walfrido dos Mares Guia, das Relações Institucionais. Nem com os diretores da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) se podia contar: eles também tinham viajado e não conseguiram voltar.”
Os controladores fizeram chantagem, quebraram a hierarquia, insuflaram a indisciplina e levaram o que queriam. Sob o patrocínio de Lula e seus asseclas. Não nos enganemos: o sindicato entrou nas Forças Armadas.
Os próximos passos ou são um agravamento da crise nas Forças Armadas, com pedidos de demissão em massa, ou a exigência , por parte da Aeronáutica, de que todos os controladores sejam imediatamente desligados da tropa, para evitar a sua contaminação.
De qualquer modo, se era para atender a todas as reivindicações dos controladores o Apedeuta poderia tê-lo feito seis meses atrás, e poupado a população de todos os transtôrnos por que passou.
Sem comentários:
Enviar um comentário