quarta-feira, outubro 31, 2007

A Copa do Mundo é nossa!

Há muito tempo atrás, diz a lenda, tivemos um embaixador, em Paris que ficou conhecido como "Monsieur l'Embassadeur 10%". O tempo passou e apareceu um filho, tido e havido como um especialista em "azeitar as coisas" por módicos 10% a 15% do valôr da causa, lá para as bandas das cavalariças do planalto central. Reestabelecida a Democracia surgiu um controverso genro que teria mantido o "presentation fee" nessa mesma faixa sob pena de soltar os marimbondos de fogo!
Os tempos foram ficando mais coloridos e emergiu um sujeito de quem se dizia que cobrava estratosféricos 25% para os que quisesssem atingir o nirvana no lar da dindinha (a coisa era tão absurda que o coitado foi desta para melhor, sem ter tido tempo de curtir, ele próprio, o êxtase prometido).

Mudam-se os tempos, mas as vontades...nem tanto!

Dando um PeTeleco nessas mixarias aparece um tal de ZECA e, de supetão, de um jeito jamais visto nestepaiz, transforma toda essa tradição em coisa de garçon e, segundo está hoje nos jornais, dá uma profissionalizada nesse esporte nacional decretando que por menos de 50% não tem jogo:

"Zeca do PT desviou R$ 1 de cada R$ 2 aplicados em publicidade, diz promotoria".



No mesmo dia em que esta notícia aparece com destaque nos cadernos de esporte nacionais, uma outra, esta no caderno de economia, nos informa que, qual rabo de cavalo, o Brasil caiu quatro posições na tabela do ranking de Competitividade Global elaborado pelo Fórum Econômico Mundial:

"O Brasil caiu do 66º para o 72º lugar no Ranking de Competitividade Global elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, uma das referências mais conceituadas entre os analistas internacionais para avaliar as condições de investimentos de cada país. Foram classificados neste ano 131 países.

O Brasil fica muito atrás dos outros três BRICs: China (34º), Índia (48º) e Rússia (58º). Na América Latina, o melhor colocado é o Chile (26º). México (52º) e Colômbia (69º) também superam a classificação brasileira na região.

Os Estados Unidos continuam sendo o país “mais competitivo”. Suíça, Dinamarca, Suécia, Alemanha, Finlândia, Cingapura, Japão, Reino Unido e Holanda completam o grupo dos dez melhores classificados. Chade (131º) e Burundi (130º) são os piores colocados.

“Apesar do potencial de seu grande mercado doméstico, de sua base industrial diversificada, e dos avanços significativos para melhorar a gestão das contas públicas, o Brasil continua atrás dos mercados mais dinâmicos do mundo”, disse a economista sênior para a América Latina do Fórum Econômico Mundial, Irene Mia. “Nossos indicadores mostram uma falta generalizada de confiança nas instituições públicas, atribuída à falta de ética e à ineficiência burocrática relacionadas ao Estado.”




Com este traquejo, a CPMF para garantir que as engrenagens fluam a contento, e jogando em casa, nem vem que não tem:

A COPA JÁ É NOSSA!

Mulher de malandro

O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Top-top Garcia, confirmou ontem que o Brasil está negociando com o governo boliviano a retomada de investimentos da Petrobras para exploração de gás naquele país, apesar dos seguidos ataques do presidente Evo Morales contra a estatal brasileira. A intenção é que o pacote seja fechado nas próximas semanas, para ser publicamente anunciado durante viagem do presidente Lula a La Paz, ainda em novembro."
Da Folha de S.Paulo


Querem fazer da Petrobrás a mulher de malandro que gosta de apanhar, só que, mais uma vez, e já que ela é estatal, o prejuízo sairá do nosso bolso.
Mas será que não aprendem?

CPI do leite

Com o queijo fora de validade sendo reembalado, o leite contaminado com água oxigenada e soda cáustica, só falta agora criarem a CPI do leite e culparem.... a vaca!

Vamos obrigá-los a cortar despesas!?

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que, se a prorrogação da CPMF não for aprovada, o importante é que o superávit primário (economia que o governo faz para o pagamento de juros) seja mantido para garantir que a dívida pública continue a cair. Sem o imposto, o governo perde uma importante fonte de receita e, portanto, seria obrigado a cortar despesas para continuar equilibrando as contas.

Até que enfim alguém no alto escalão do govêrno fala algo sensato.
Vamos obrigá-los a cortar despesas? Afinal são pagas com o meu/seu/nosso parco e suado dinheirinho!

segunda-feira, outubro 29, 2007

E porque hoje é segunda


Juliana Paes
("Nossa" candidata a Bond girl)

domingo, outubro 28, 2007

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
Luiz de Camões

Aids ainda está aí e ainda mata

Curiosa a campanha da Youthaids, que luta para diminuir as terríveis estatísticas abaixo:

*A cada dia, 14000 pessoas contraem HIV;
*40,3 milhões de pessoas vivem com HIV;
*a AIDS mata uma criança a cada minuto.

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sexta-feira, outubro 26, 2007

Luz no Fim do Túnel

E não é um trem!
É apenas mais um fruto da incompetência dos nossos governantes, que, como sempre, colocarão a culpa no excesso de chuvas que, sem defesa coitadas, caiem ... todos os anos na mesma época!!!

Túnel Rebouças ao cair da terra
Foto: Wilton Júnior/AE

De olho no leite

Estes são os lotes de leite integral que foram interditados por conterem soda cáustica e água oxigenada:

PARMALAT
Leite UHT integral embalado na fábrica de Carazinho (RS):
Fabricação: 22/06/2007 | Vencimento: 22/10/2007
Fabricação: 22/06/2007 | Vencimento: 20/10/2007

Leite embalado na fábrica de Santa Helena de Goiás (GO):
Fabricação: 24/06/2007 | Vencimento: 24/10/2007

CALU
Leite embalado pela Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo, localizada no município de Itumbiara (GO):

Fabricação: 7/07/2007 | Vencimento: 17/11/2007
Fabricação: 26/07/2007 | Vencimento: 26/11/2007
Fabricação: 03/08/2007 | Vencimento: 03/12/2007

CENTENÁRIO
Leite produzido pela Usina de Beneficiamento Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Grande Ltda., em Uberaba (MG):

Fabricação: 28/07/2007 | Vencimento: 02/01/2008
Fabricação: 04/08/2007 | Vencimento: 08/01/2008
Fabricação: 25/07/2007 | Vencimento: 30/12/2007

Atenção:

*Estes lotes podem ser encontrados à venda em estabelecimentos comerciais dos estados de S Paulo e Rio de Janeiro, além de Minas Gerais!

*Os consumidores que tiverem esses leites em casa devem procurar os fabricantes, por meio do telefone de atendimento que consta das embalagens, e solicitar a troca do produto ou a devolução do dinheiro, até mesmo nos casos em que o produto estiver fora do prazo de validade.

* Embora a responsabilidade seja dos empacotadores acima referidos, o crime foi cometido pela Usina de Beneficiamento Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Grande Ltda., em Uberaba (MG), proprietária da marca CENTENÁRIO, que será retirada do mercado, e e pela Cooperativa Casmil, em Passos (MG)!

quinta-feira, outubro 25, 2007

Nada como um dia atrás do outro

- A CPMF foi desvirtuada?
- Não é mais o que eu tinha proposto. Uma parte continua indo para a Saúde. Mas tornou-se mais uma fonte do Ministério da Fazenda, como é a Cofins, a CSLL e qualquer outro tributo.
- Como era a proposta original?
- Foi aprovado no final de 1996. Era vinculado à Saúde. Duraria dois anos. Depois, foi modificado. A alíquota passou de 0,20% para 0,38%. Na minha época, a área econômica não acreditava que eu conseguiria aprovar no Congresso. Depois, não acreditavam que a arrecadação seria importante. A coisa se mostrou diferente. Eles acharam ótimo. E virou fonte para o Tesouro.
- Como se comportou o PT na votação da CPMF?
- Ah, o PT fechou questão contra. O Eduardo Jorge, que era deputado na época, foi o único petista que votou a favor. E sofreu advertência do partido. Eu cheguei a falar com o Lula e com o José Dirceu.
- Falou com o Lula uma vez?
- Tive duas reuniões com ele. Fiz um esforço danado. Havia outros petistas dispostos a aprovar. Mas eles fecharam questão contra (gargalhadas).
- O senhor ri?
- O que você quer que eu faça? Nada como um dia atrás do outro.

Trecho da entrevista dada por Adib Jatene ao Blog do Josias de Souza

Como você pode ajudar o meio ambiente


* Use tintas à base de água para pintar sua casa. Elas são mais baratas, menos tóxicas e menos poluentes.

A propósito...

quarta-feira, outubro 24, 2007

Serviço de Inspeção Federal

Este símbolo aí ao lado, encontrado nas embalagens de todos os produtos de origem animal à venda em qualquer estabelecimento comercial, da quitanda da esquina ao maior hipermercado da paróquia, transmite a todos nós consumidores uma certa tranquilidade quanto à qualidade do produto em cuja embalagem ele está carimbado, não é mesmo? Afinal S.I.F., é um pomposo SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL!
Pois é, mas não deveria!
O recente episódio do leite contaminado com soda cáustica e água oxigenada, demonstra, à exaustão, que esse selo e nada são rigorosamente a mesma coisa!
Depois de preencher zilhões de formulários, em zilhões de vias, e pagar as zilhões de taxas respectivas, e, ça va sans dire, alguns eventuais zilhinhos para que as instalações sejam aprovadas nas inspeções, o fabricante pode, como se viu, oferecer, atestadamente inspecionada, soda cáustica travestida de leite!
Ou seja o Sêlo de Inspeção não quer necessariamente dizer que o produto foi efetivamente inspecionado e que, portanto, estamos comprando o que vem anunciado na embalagem!
Assim sendo, ou se muda o selo, para deixar de transmitir essa falsa segurança ao consumidor, ou se acaba com essa burocracia caça-níqueis igual a tantas que assolam este país!

Brasil: Agregando valôres novos a produtos tradicionais!

PSDB E A SÍNDROME DE ESTOCOLMO!

1. Ficou conhecida como Síndrome de Estocolmo, a atração que algumas vezes o sequestrado tem pelo sequestrador.

2. Na política -pelo mundo afora- há exemplos de sobra para o entendimento desta síndrome por analogia. É quando um partido -ou político- se deixa atrair pelo canto da sereia de seu adversário, especialmente em situações de poder ou de opinião pública.

3. De certa forma o PSDB vive num quadro desses em relação ao PT no governo. É atraído pelo sequestrador e até acha que o sequestro foi prazeroso. Recentemente foi assim na eleição para presidente da Câmara de Deputados. O tempo mostrou que foi um erro.

4. Agora -mais uma vez- se vê atraído por seu sequestrador e aceita pavimentar o caminho para a aprovação da CPMF -um tributo economicamente irracional, antifederativo, que afeta a competitividade brasileira, socialmente injusto, e oculto.

5. Seria recomendável alugarem o DVD do filme Bom Dia, Noite de Marco Bellocchio e vê-lo com atenção. Trata do sequestro -de Aldo Moro (presidente da DC italiana na época)- com conversas de "alto nível político" com os sequestradores das Brigadas Vermelhas, e que termina... com sua execução.
Ex Blog do César Maia

terça-feira, outubro 23, 2007

Urbanismo florianopolitano

Foto:Nica Azevedo


Os postes estão em evidente risco de serem rebocados já que não respeitaram as leis do transito e estão estacionados muito afastados do meio-fio

Varejada no peleguismo

Uma das poucas coisas boas que aconteceram na Câmara dos Deputados nos últimos tempos, provavelmente por cochilo dos nobres deputados da base aliada, foi o fim da obrigatoriedade na cobrança do imposto sindical.
Caso a emenda passe pelo Senado e não seja vetada pelo Apedeuta I (que quando sindicalista chamava o imposto sindical de atraso) teremos, finalmente, o fim do peleguismo sindical neste País, com a extinção de centenas de sindicatos de fachada!
Se quiserem convencer o trabalhador a pagar o imposto sindical terão que fazer por onde! E isso implica em trabalhar, coisa que os atuais líderes sindicais não estão muito habituados a fazer, refastelados que ficam em seus gabinetes com ar condicionado, calmamente contando o dinheiro que obrigatoriamente pinga em seus cofres.
Mais ação sindical e mais defesa dos interesses dos trabalhadores terão que substituir as atuais ações de marketing político, de interesse exclusivo dos atuais dirigentes. Sem isso não haverá como convencer os trabalhadores a abrirem o bolso!

Uma outra emenda à mesma Lei, passa o controle da aplicação dos recursos para o TCU, o que, de todo, também não convém a esses senhores!

É claro que as centrais sindicais jogarão pesado para manter os privilégios que o status quo atual lhes proporciona, com o apoio declarado do Ministério do Trabalho para onde vão parar 20% dessa dinheirama toda!

Como se vê, o Brasil é mesmo um País diferente: Os trabalhadores têm que se defender do assalto a seus bolsos executado pelos que, no papel, deveriam defendê-los!

segunda-feira, outubro 22, 2007

E porque hoje é segunda

Monica Bellucci

Mais acção e menos discurso!

Apesar do alerta feito no início do ano pelo Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), de que o semi-árido brasileiro corre o risco de se transformar em semi-deserto nos próximos 60 anos, a região ainda carece de recursos governamentais. Os estados que sofrem com a seca abrigam mais de 30 milhões de pessoas. No entanto, o Programa de Combate à Desertificação (PAN), principal instrumento do governo federal ligado diretamente ao problema, sofre com a falta de recursos. Nos últimos três anos (2004, 2005, 2006), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) aplicou no programa apenas R$ 3,5 milhões dos R$ 10,4 milhões autorizados em orçamento. Este ano a situação ainda é pior. Faltando três meses para acabar 2007, somente R$ 278,9 mil foram efetivamente aplicados, dos R$ 11,3 milhões previstos, ou seja, menos de 3% do total.

O semi-árido brasileiro suscetível à desertificação inclui 1482 municípios, que concentram 31,6 milhões de pessoas (19% da população do país) de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A região pode transformar-se em um local semi-deserto até 2067, o que provocaria a migração dos moradores para outras áreas do país, causando um caos social. Essa previsão é feita por especialistas em políticas para o semi-árido e por ambientalistas.

domingo, outubro 21, 2007

sábado, outubro 20, 2007

Ferrari X McLaren



X






E quantas mãos mesmo têm esses caras?
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E a CPMF é para quê mesmo?

DENGUE

Entre janeiro e setembro, o total de casos registrados aumentou 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 481,3 mil pessoas infectadas - 1.076 contraíram dengue hemorrágica - e 121 mortes.

A explosão de casos em todos os Estados, ocorrida mesmo nos meses de inverno, é preocupante. Em setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o surto de 2007 poderia superar a marca de 2002, ano em que o Brasil registrou número recorde de casos - 800 mil notificados. Para a OMS, o problema da dengue só pode ser resolvido com profunda mudança na infra-estrutura sanitária do País.

"Não adianta lançar campanhas de conscientização quando o surto já está ocorrendo. Isso serviria apenas para evitar que o fogo se espalhe. É preciso evitar que o fogo comece", afirmou, em junho, ao Estado, o especialista em dengue da OMS, Renu Dayal-Drager.

Para evitar o início do incêndio, todas as esferas de governo do País há anos deveriam estar empreendendo ações conjuntas dos seus organismos responsáveis pela saúde pública, envolvendo educação, infra-estrutura (especialmente saneamento), planejamento urbano, meio ambiente, atendimento social, etc. Mas não houve ação conjunta e o incêndio está lavrando.

Mesmo neste ano, quando a doença não deu trégua durante os nove primeiros meses, somente agora, com o calor chegando e a proximidade de fortes chuvas, condições propícias para a proliferação do mosquito, vem o indignado ministro Temporão lançar a campanha de mobilização nacional para o combate à dengue.


Apesar do crescimento do número de casos de dengue registrados no Brasil, as aplicações do governo no programa executado diretamente pelo Ministério da Saúde, que visa combater o avanço da doença não seguem o mesmo ritmo. Faltando cerca de três meses para terminar o ano, o governo aplicou menos de 40% do total previsto para o programa de Vigilância, Prevenção e Controle da Malária e da Dengue. Dos R$ 64,2 milhões autorizados em orçamento, apenas R$ 24,8 milhões foram desembolsados até o fim de setembro. A quantia equivale a pouco mais da metade do montante aplicado no mesmo período do ano passado (R$ 45,1 milhões).

Das quatro ações que integram o programa, a que trata especificamente do combate à dengue foi uma das mais afetadas. O orçamento prevê a destinação de R$ 19,6 milhões para as atividades dessa natureza, dos quais somente R$ 5,5 milhões foram efetivamente pagos até setembro - faltando poucos dias para o início das chuvas - a maior parte no intuito de quitar dívidas passadas. Nos primeiros nove meses do ano passado, o governo aplicou R$ 14,2 milhões na ação de controle da doença, ou seja quase três vezes mais do que a quantia desembolsada este ano.

E pensar que, lá pelos idos dos anos 50, quando não havia CPMF mas o governo trabalhava mais e roubava menos, o Aedes aegypti chegou a ser erradicado do País!

Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara

Porque será?

Pedro Núñes Mosquera, embaixador de Cuba no Brasil, , informou ao presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara, Vieira da Cunha (PDT-RS), que o governo de Fidel Castro não concederá visto de entrada no país aos deputados que pretendiam entrevistar os dois boxeadores em Havana, conforme aprovado por unanimidade naquela comissão, que investiga a atuação do nosso govêrno no episódio de sua prisão e deportação!

sexta-feira, outubro 19, 2007

Como você pode ajudar o meio ambiente


* Não pegue panfletos entregues na rua a não ser que esteja interessado nas informações. Se pegar, não jogue no chão depois de tê-lo lido.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Senna, Prost, Mansel, Piquet

Até parecem amigos!

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Ah! As mulheres...

"Some men spend a lifetime in an attempt to comprehend the complexities of women. Others pre-occupy themselves with somewhat simpler tasks, such as understanding the theory of relativity!"
Albert Einstein

quarta-feira, outubro 17, 2007

Blog Action Day em números


O Blog Action Day,a que este blog humildemente aderiu, foi um sucesso!
20 600 blogs de todo o mundo participaram;
23 300 posts foram publicados;
28 000 000 de leitores os acessaram!
Parabéns a todos nós!

Saiba mais clicando no gráfico acima

Como você pode ajudar o meio ambiente

Nas conversas sobre meio ambiente e o planeta que queremos deixar para os nossos filhos e netos, tenho notado que a maior parte das pessoas concorda que do jeito que as coisas caminham estamos exterminando o futuro, mas que as ações para que tal não aconteça têm que ser tomadas pelos govêrnos e as entidades tipo Greenpeace, WWF, e outras do gênero.
Acabam se surpreendendo quando percebem que são as pequenas ações individuais do dia a dia que realmente fazem a diferença; que não é necessário tomar atitudes rocambolescas e espetaculares a cada minuto para proteger o mundo em que vivemos; que não é necessário passarem os dias em passeatas contestatórias para as quais não têm nem tempo nem paciência!

Assim, resolvi pesquisar e, passarei a publicar, pequenas dicas que, com pouco esforço e sem nenhum custo (ao contrário, quase todas nos levarão a poupar um pouco do nosso suado dinheirinho!), permitirão alcançar aquilo que todos queremos, mais do que isso, precisamos, que é um mundo melhor para nós e os que virão atrás.

* Dê preferência a produtos de madeira com o selo FSC. Esta é a garantia de que a madeira foi retirada corretamente. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases causadores do efeito estufa. Ao comprarmos produtos sustentáveis, diminuem os incentivos para desmatar a floresta.

Saiba mais sobre o que é o selo FSC aqui

terça-feira, outubro 16, 2007

Pensamento da Noite



"People demand freedom of speech as a compensation for the freedom of thought which they seldom use."

Soren Kierkegaard (1813 - 1855)

Responda Rápido

O afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado é mais ou menos "provisório" do que a CPMF criada 11 anos atrás?

A social-fantasia de Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontrou um nome comprido para a política econômica do governo petista. Em entrevista ao Estado de domingo, batizou-a de "social-desenvolvimentismo". Talvez se tenha inspirado no ministro da Justiça, Tarso Genro, especialista em rótulos grandes para conteúdos pequenos. Poderia valer a pena criar um nome para uma nova estratégia econômica. Mas não há novidade essencial na política em execução - não, pelo menos, na sua parte mais promissora e de maior sucesso até agora. Em todos os seus acertos, incluída a concessão de um trecho ferroviário e de vários trechos de rodovias à exploração privada, a administração petista apenas continuou um estilo de ação amadurecido nos anos 90.

Segundo o ministro da Fazenda, o "novo" modelo tem três pilares: 1) crescimento sustentado, sem inflação e sem déficits interno e externo; 2) formação de um mercado de consumo de massa; e 3) maior participação do País no mercado internacional, com geração de superávits comerciais e fortalecimento da moeda.

Nenhum dos três pilares foi criado a partir de 2003, quando começou o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A hiperinflação foi derrubada com o Plano Real, depois de várias tentativas malsucedidas. A parafernália da indexação foi desmontada a partir de julho de 1994 e para isso foi preciso vencer a resistência do PT e de outros partidos "progressistas". Com a privatização de bancos estaduais e a renegociação da dívida dos Estados - um complicado processo financeiro e político - foi possível implantar uma efetiva política monetária. Nenhuma política desse tipo era possível quando os governos estaduais se endividavam sem controle e contavam com a leniência do Banco Central (BC) para manter seus bancos.

O ministro Mantega talvez não se lembre desses fatos ou talvez não conheça a dimensão de sua real importância. Com essas mudanças, o poder público ficou equipado para conter novos surtos - muito menos perigosos - de alta de preços. Derrubada a inflação, começou a elevação real do poder de compra dos assalariados. O presidente Lula pode ter esquecido a cronologia da política antiinflacionária, mas com certeza aprendeu uma lição relevante: os pobres são os maiores prejudicados pela inflação.

Permitir ao BC a manutenção de sua política, no primeiro mandato, foi um dos lances que mais contribuíram para sua reeleição. Para isso, teve de contrariar muitos petistas, defensores de "um pouco mais de inflação" para um pouco mais de crescimento. O próprio Mantega, durante parte do primeiro mandato, esteve entre os adversários da política antiinflacionária. Quando foi escolhido para a Fazenda, o presidente da República assegurou ao presidente do BC independência funcional em relação ao novo ministro.

Na entrevista ao Estado o ministro apontou avanços importantes na área social. Mas nenhum deles foi iniciado no governo petista. A distribuição de renda medida pelo Índice de Gini melhorou de forma quase ininterrupta a partir do Plano Real. Os padrões de consumo também se elevaram, primeiro velozmente, com o lançamento do plano, depois mais lentamente. Também nos anos 90 a alfabetização se universalizou e estava perto de 100% quando o presidente Lula assumiu a Presidência. A partir daí a elevação do índice calculado pelo IBGE foi marginal. Estranho seria se os indicadores tivessem piorado.

Também as políticas de transferência de renda aos mais pobres foram iniciadas antes do governo petista. O fato de terem sido alteradas e ampliadas não muda a história.

A diversificação de mercados é uma velha tendência - mais que isso, uma característica - do comércio exterior brasileiro. A recuperação do equilíbrio do balanço de pagamentos começou em 1996, com a mudança do regime cambial. A partir daí, os efeitos da modernização tecnológica e operacional da produção passaram a produzir efeitos mais sensíveis. Essa modernização foi estimulada por uma abertura condenada, na época, pelo PT e por outros grupos ditos de esquerda.

No resto da entrevista, o ministro da Fazenda faz a apologia da gastança e da multiplicação de empregos públicos, como se disso dependesse a eficiência do governo. Mas também nisso a administração petista não é original, exceto quanto a um ponto: aparelhamento como o dos últimos anos, nunca antes na história deste país.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Amazônia: Desmatamento zero em 2015?

ONGs lançam iniciativa inédita pelo fim do desmatamento na Amazônia
Proposta prevê compensação financeira para quem conserva floresta e propõe metas anuais para zerar o desmatamento. Governos federal e estaduais participam do evento

Nove ONGs lançaram na quarta-feira (3 de outubro de 2007), em Brasília, o Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia. A proposta da sociedade civil é uma iniciativa inédita para estabelecer um amplo compromisso entre vários setores do governo brasileiro e da sociedade sobre medidas necessárias e urgentes para assegurar a conservação da floresta amazônica, devido à sua crucial importância para se manter o equilíbrio climático, conservação da biodiversidade e preservação do modo de vida de milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver.

As ONGs participantes são: Instituto Socioambiental, Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia , The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, Imazon e WWF-Brasil.

O Pacto Nacional propõe a redução do desmatamento na Amazônia a zero até 2015, adotando-se um sistema de metas anuais. Estima-se que sejam necessários investimentos da ordem de R$ 1 bilhão por ano, de fontes nacionais e internacionais, para se compensar financeiramente aqueles que promoverem efetiva redução do desmatamento na Amazônia e também para se pagar serviços ambientais prestados pela floresta.

Um dos principais mecanismos de financiamento propostos pelo pacto é a Redução Compensada de Desmatamento, que garante o reconhecimento e a recompensa para aqueles que se esforçarem para reduzir o desmatamento na região amazônica. A compensação financeira deve ser diferente para aqueles que atingirem as metas de redução e implementarem ações estruturais para deter o desmatamento; para aqueles que atingirem as metas sem implementar medidas; e para aqueles que reduzirem o desmatamento sem atingir a meta desejada.

De acordo com a proposta, os incentivos econômicos serão direcionados para reforçar a governança da floresta (monitoramento, controle e inspeção; promoção de licenças rurais e ambientais para propriedades rurais; criação e implementação de áreas protegidas e terras indígenas), otimizar o uso das áreas já desmatadas e compensação financeiras para atores sociais responsáveis pela conservação da floresta (povos indígenas, comunidades locais, populações tradicionais e produtores rurais).

De acordo com as ONGs, "um dos principais desafios a ser enfrentado é garantir políticas públicas que incorporem o fim do desmatamento dentro de um programa social, ambiental e econômico. É necessário ir além dos instrumentos de controle e de ordenamento, promovendo a revisão e a reorientação dos incentivos financeiros que historicamente são canalizados para práticas predadoras.

Até 2006, aproximadamente 17% da floresta amazônica foi destruída. As altas taxas de desmatamento estão provocando uma redução acelerada da biodiversidade local, o que afeta diretamente a vida de milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver. O desmatamento é também uma fonte significante de emissões de gases do efeito estufa, que contribui para o aumento do aquecimento global. Cerca de 75% das emissões brasileiras vem do desmatamento e das queimadas, principalmente da Amazônia, deixando o Brasil como o quarto maior poluidor do clima do mundo.

Destruir a Amazônia pode provocar secas prolongadas em diferentes regiões no Brasil e reduzir a produtividade agrícola brasileira, provocando um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. Assim sendo, o desmatamento não traz desenvolvimento econômico ou melhoria na qualidade de vida da população local. Municípios com altas taxas de desmatamento na Amazônia, onde a criação de gado domina o uso da terra, têm índices de desenvolvimento humano abaixo da média regional e nacional.

De acordo com as ONGs envolvidas na proposta, o lançamento da iniciativa do pacto não é o fim, mas o início de um grande debate nacional em soluções consistentes e duradouras para acabar com o desmatamento na Amazônia. Os detalhes técnicos, econômicos e institucionais do Pacto Nacional em defesa do desmatamento zero e pela valorização da floresta deve se tocado em conjunto com os governos estaduais da região e o governo federal, além de representantes dos produtores rurais, organizações ambientalistas, movimentos sociais, povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia.



Será que agora vai ?

E porque hoje é segunda

Charlize Theron

domingo, outubro 14, 2007

The heart of the matter

I got the call today I didn't wanna hear
But I knew that it would come
An old, true friend of ours was talkin' on the phone
She said you'd found someone.

And I thought of all the bad luck and the struggles we went through
And how I lost me and you lost you
What are these voices outside love's open door that
Make us throw off our contentment and beg for something more?

I'm learning to live without you now
But I miss you sometimes
And the more I know, the less I understand
All the things I thought I knew I'm learning again!

I've been tryin' to get down to the heart of the matter
But my will gets weak, and my thoughts seem to scatter
But I think it's about forgiveness
Even if you don't love me anymore!

These times are so uncertain, there's a yearning undefined
And people filled with rage
We all need a little tenderness
How can love survive in such a graceless age?

The trust and self-assurance that lead to happiness
They're the very things we kill, I guess
Pride and competition cannot fill these empty arms
And the work we put between us, you know, it doesn't keep me warm

I'm learning to live without you now
But I miss you, baby
And the more I know,the less I understand
All the things I thought I'd figured out I have to learn again

I've been trying to get down to the heart of the matter
But everything changes and my friends seem to scatter
But I think it's about forgiveness
Even if you don't love me anymore

There are people in your life who've come and gone
They let you down you know they hurt your pride
You better put it all behind you, baby, becouse life goes on
You keep carryin' that anger, it'll eat you up inside.

I've been trying to get down to the heart of the matter
But my will gets weak and my thoughts seem to scatter
But I think it's about forgiveness
Even if you don't love me

I've been tryin' to get down to the heart of the matter
Because the flesh will get weak and the ashes will scatter
So I'm thinkin' about forgiveness
Even if you don't love me anymore
Donald Henley

Efeito dominó

sábado, outubro 13, 2007

Ficamos mais pobres

Paulo Autran
1922 - 2007

sexta-feira, outubro 12, 2007

Os presentes das crianças estão caros?

Veja porquê:

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, pesquisou os impostos que incidem sobre os presentes mais cobiçados pela criançada. Veja a proporção dos impostos neles embutidos:

Brinquedos 41,98%
Celular 41%
CD 47,25%
Bola de Futebol 47,69%
Roupa Infantil 35,87%
Bota Infantil 37,37%
Tênis Importado 59,79%
Bicicleta 47,13%
Aparelho de MP3/IPOD 50,65%
Jogos 73,38%
Patins 53,98%


Cada vez mais defendo que a população saiba quanto está pagando de tributos em cada produto que compra. É a única forma de passar a cobrar mais transparência e melhor aplicação desses brutais assaltos que nos são impostos pela crescente e perdulária voracidade arrecadadora desse governo que temos!


Um foco de luz

em Smurf, meu Perdigueiro Croata, fiel e elétrico companheiro de todos os dias

quinta-feira, outubro 11, 2007

Alguém sabe onde posso estudar cantonês?

Yang Huiyan, uma jovem de 26 anos que trabalha no setor imobiliário, foi indicada como a pessoa mais rica da China, com uma fortuna de US$16 bilhões (cerca de R$ 28,8 bilhões), na lista anual dos asiáticos mais endinheirados elaborada pela revista norte-americana Forbes.

Esta fortuna situa a filha do co-fundador da Country Garden Holdings Company Limited, Yeung Kwok Keung, no primeiro lugar das mulheres asiáticas mais ricas. Em 2005, o pai transferiu para a jovem sua participação na empresa.

Forbes

Quem dera que os nossos fossem assim!

Ladrão fica morando 5 dias em casa que assaltou na China

Um ladrão assaltou uma casa em Xangai e decidiu ficar morando nela porque não havia ninguém, segundo informou nesta quinta-feira (11) o jornal Shanghai Daily.

O ladrão, de sobrenome Yang, ficou cinco dias morando na casa, de onde fez ligações telefônicas e acabou com toda a comida da geladeira, até que o dono do imóvel voltou e o surpreendeu dormindo em sua cama.

Yang foi condenado a seis meses de prisão por invasão de domicílio, mas não por roubo.

E foi para isso que os elegemos?

Quando votamos, estamos, pelo menos em princípio, escolhendo pessoas que nos representem, e aos nossos legítimos interesses, e que se constituem, assim, num dos poderes da república.
Nos países sérios, assim é!
Por aqui, contudo, após as promessas da praxe em períodos eleitorais, os eleitos (com poucas e honrosas exceções) logo se esquecem dos interesses dos eleitores, e vendem seu voto com um descaramento, um despudor, de fazer corar cafetina de bataclã!
O episódio em curso da novela CPMF não foge a essa regra tropicalíssima:
Enquanto pesquisa mostra que apenas 5% dos entrevistados (portanto eleitores) apóiam a recriação da CPMF , 65% dos deputados eleitos, votaram pela sua aprovação!
Estranha representatividade essa, em que 65% se opõem a 95%!
Vamos diminuir esse achincalhe e não reeleger esses trânsfugas, verdadeiros desertores dos mandatos que lhes foram confiados?
Vamos dizer a esses senhores que estamos cansados de bancar as suas patifarias?
Que estamos cansados de ser tratados como contribuintes ao invés de cidadãos?
Que não aguentamos mais tanta traição!

A lista de como foi o voto de cada deputado você encontra aqui! Para mandar uma mensagem ao seu deputado, clique aqui

Chapa ou Bando?

Chapa de Berzoini: ‘mensaleiros’, ‘vampiros’ & Cia

Candidato à releeição no PT, Ricardo Berzoini (SP) registrou a sua chapa. Há de tudo na caravana do deputado: de "mensaleiros" a “vampiro”. Não é propriamente uma chapa. Trata-se de um acinte.
Berzoini, que o companheiro Lula chamou de “aloprado” em 2006, vai às urnas do PT carregando atrás de si todos um rastro pegajoso que não exclui nenhum dos escândalos que tisnaram a imagem do PT em passado recentíssimo.
Lá estão, por exemplo, os mensaleiros João Paulo Cunha e Josias Gomes. Juntos, beliscaram valerianas que somam R$ 150 mil. Lá está José Guimarães, cujo ex-assessor, José Adalberto Vieira da Silva, foi pilhado no aeroporto de São Paulo transportando US$ 100 mil na cueca e R$ 200 mil numa bolsa.
Lá está também ex-ministro Humberto Costa (Saúde), indiciado pela PF de Lula por envolvimento com a máfia dos vampiros. Lá está ainda Zeca do PT, que acaba de ser denunciado pelo Ministério Público por conta da suspeita de ter recheado arcas de campanha com R$ 30 milhões em verbas públicas. Lá está até mesmo a sombra de Delúbio Soares, personificada na mulher dele, Mônica Valente.
O primeiro turno das eleições internas do PT está marcado para 2 de dezembro. Se necessário, haverá um segundo round, em 16 de dezembro. Se o petismo permitir que Berzoini triunfe, transformará o partido, hoje já tão achincalhado, na primeira legenda da política brasileira a reeleger uma piada.

Mercosul: Não à Venezuela chavista!

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reafirmou na noite de terça-feira que usará a reforma constitucional para “desmontar progressivamente” o conceito da propriedade privada no país que, segundo ele, não tem lugar dentro de sua “revolução socialista do século 21”.

A ameaça foi feita durante o lançamento de seu “comando de campanha” para o referendo de 2 de dezembro sobre a reforma constitucional. Esse comando se encarregará de organizar “batalhões de revolucionários” que sairão às ruas para explicar o funcionamento do referendo e motivar os eleitores a votarem.

De acordo com Chávez, sua proposta de mudança de 33 artigos da Constituição garantirá “a socialização dos meios de produção, da propriedade pessoal, da familiar, a pequena propriedade privada e a pequena e média empresa”

Para o cientista político venezuelano Alfredo Ramos Jiménez, diretor do Centro de Investigação de Política Comparada da Universidade dos Andes, em Mérida, as constantes ameaças do presidente fazem parte de uma estratégia do governo para desviar a atenção do público para outros problemas do país. “O debate que Chávez está promovendo é uma cortina de fumaça para ocultar o fracasso econômico que está sendo seu governo”, disse Ramos Jiménez ao Estado, por telefone.

A Judicialização da Política

Ao referendar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proíbe a troca de partidos pelos parlamentares das câmaras legislativas, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a interferir no funcionamento dos demais Poderes. A exemplo do que ocorreu em outras disputas políticas, entre as quais o caso do “mensalão” talvez seja o mais ilustrativo, o Supremo somente agiu após ter sido acionado por partidos. Esse é o principal traço do STF: por sua natureza e função, ele não pode deixar de decidir sempre que provocado, principalmente quando a ordem jurídica não for clara e a legislação contiver lacunas e antinomias. Essa regra garante o funcionamento do Estado de Direito.

Em todos esses casos, o STF somente entrou em cena porque o Legislativo não cumpriu o seu papel. Esse crescente protagonismo da magistratura constitui o que juristas e sociólogos chamam de “judicialização da política”

Como a Constituição de 88 é repleta de princípios vagos - as chamadas “ normas programáticas”-, ao interpretá-los os ministros dos tribunais superiores dispõem de tantas possibilidades hermenêuticas que, na prática, podem acabar legislando embora não tenham mandato para isso. É a “politização da Justiça” que o sociólogo Fábio Wanderley Reis chamou, em artigo publicado no jornal Valor, de “pretorianismo da toga” - numa alusão à intervenção das Forças Armadas na vida política. É claro que a democracia brasileira não está correndo riscos, mas, em vez de gerar certeza do direito, os juízes do STF podem acabar aumentando a insegurança jurídica.

Quando tribunais e juízes ultrapassam os limites que o sistema jurídico lhes impõe, politizando a aplicação do direito, o que se tem é confusão institucional. É esse o risco que o STF tem de aprender a evitar quando chamado a fechar lacunas abertas pelo Congresso.

Leia o artigo completo do Estadão aqui

terça-feira, outubro 09, 2007

O filho do puto!

Mais do que de mim mesmo, e de todos os brasileiros, que tal não mereciam;
Mais do que da playmate Mônica, que, afinal, sabia quem era o amante que quis para pai do seu filho;
Mais do que da madame Calheiros que já devia ter aprendido com quem tinha resolvido dividir a pasta de dentes;
Mais do que dos confrades senadores, culos interesses estavam protegendo ao defender seu chefe;
Mais do que do próprio cangaceiro de Alagoas, que tripudiou em cima da Nação, usando o cargo para tentar se safar incólume de todos os mal feitos;
Mais do que de todos, dizia eu, tenho pena da criança nascida dessa união! Quantos anos de análise, até porque não conheço nenhum analista que tenha dado alta a paciente seu, não serão necessários para superar todo o trauma que surgirá assim que entrar na escola, assim que começar a ler jornais ou revistas, assim que começar a pensar, assim que tiver que responder à pergunta - Quem é seu pai?

Em tempo, e antes que façam mau juízo:
puto:
adj., gír.,
diz-se do homem de maus costumes, corrompido, devasso;

dissoluto;

pederasta activo;

invertido;

diz-se de qualquer ser ou objecto masculino;
adv.,
nada;

nicles;
s. m.,
garoto;

criança;

miúdo;

adolescente, jovem espigado;

espertalhão;
Coimbra, esc., gír.,
estudante que passou de caloiro e de segundista (ou semiputo);
Tip.,
aprendiz;

jovem iniciado;

Escolham o significado que melhor lhes aprouver!

A poesia nossa de cada dia

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm."
Fernando Pessoa

Novas biografias expõem 'lado negro' de Che

Um lado negro do líder revolucionário Ernesto Che Guevara está sendo exposto em novas biografias que, baseadas em depoimentos de pessoas que conviveram com ele, destoam das memórias enaltecedoras que marcam as comemorações dos 40 anos da morte do guerrilheiro.

Autor de Che Guevara, uma vida revolucionária, o escritor americano Jon Lee Anderson retrata o guerrilheiro como um homem egocêntrico e arrogante.

Outro biógrafo de Che, o jornalista cubano Jacobo Machover, autor do livro El rostro oculto del Che fala sobre o período mais obscuro da vida de Che, quando ele foi colocado à frente de uma "comissão purificadora" de uma prisão em Havana que, entre outras funções, supervisionava execuções.

Durante esse período, segundo Machover, pelo menos 180 pessoas foram fuziladas depois de ser submetidas a julgamentos sumários presididos pelo próprio Che.

Leia o artigo completo aqui

O Celular e o Câncer

O uso constante de telefone celular por dez anos ou mais aumenta o risco de câncer no cérebro, segundo uma pesquisa realizada por cientistas suecos e publicado no jornal acadêmico Occupational Environmental Medicine.

Levando em consideração todos os estudos avaliados e a exposição à radiação no lado onde o celular é colocado, os pesquisadores suecos chegaram à conclusão de que o uso prolongado do celular aumenta em duas vezes e meia o risco de neuromas do acústico e em duas vezes o risco de glioma (tumor maligno que afeta células do cérebro).

Os cientistas suecos querem uma revisão dos padrões internacionais de controle de emissão de radiação por celulares e outras fontes.
Há três semanas, um estudo apresentado na conferência anual da Academia Americana de Otorrinolaringologia, em Washington, afirmou que usar o telefone celular mais de uma hora por dia pode causar danos à audição.

A Voz do Dono e o Dono da Voz

Já ouviram a voz do Senador José Sarney se manifestando contra todas as vergonhosas peripécias em que Renam se tem envolvido, e ao Senado?
Como ex-Presidente da República talvez se esperasse uma posição mais altaneira, menos fisiológica deste senhor, quanto mais não seja em defesa da instituição que também já presidiu, impedindo o seu uso em beneficio de interesses escusos do atual presidente. Contudo, não só ela não se ouviu, como se sabe agora que é um protegido seu que é usado como araponga na armação das chantagens tentadas por Renan!
Veja o que conta Sebastião Nery em sua coluna:
A imprensa cada dia sabe menos do que diz. O funcionário da presidência do Senado, Francisco Escórcio, flagrado no aeroporto de Goiânia acertando um esquema mafioso para filmar e controlar os vôos dos senadores goianos Demóstenes Torres e Marconi Perilo, pode ter ido lá prestar serviços a Renan Calheiros, mas ele não escova os dentes sem ordem do senador Sarney.


Quando Sarney era proprietário do Maranhão, na ditadura, o Chiquinho Escórcio, imposto por Sarney, chegou a ser suplente do saudoso senador Alexandre Costa, e assumiu algum tempo, quando Alexandre adoeceu.

Quando Sarney foi presidente da República, Escórcio era móveis e utensílios do Palácio do Planalto. No primeiro governo Lula, Sarney nomeou Escórcio sub-subchefe da Casa Civil, substituto de Waldomiro Diniz, aquele avô do Mensalão, que era o vice de José Dirceu.

Defenestrado José Dirceu da Casa Civil, Sarney levou Escórcio para o Senado, para suas missões impossíveis. E, a fim de não dar muito na vista, em vez de o pôr no próprio gabinete, o instalou no gabinete de Renan Calheiros, mas sempre a serviço dele, Sarney (onde ganha R$ 9.200).

Sebastião Nery

segunda-feira, outubro 08, 2007

Foi bonita a festa, pá!

El Chancho (mas pode chamar de Pino Che)

Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa

"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto." Há quarenta anos, no dia 8 de outubro de 1967, essa frase foi gritada por um guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao fato de que o pedido de misericórdia, o apelo desesperado pela própria vida e o reconhecimento sem disfarce da derrota não combinam com a aura mitológica criada em torno de tudo o que se refere à vida e à morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, argentino de Rosário, o Che, que antes, para os companheiros, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".

Essa é a realidade esquecida. No mito, sempre lembrado, ecoam as palavras ditas ao tenente boliviano Mário Terán, encarregado de sua execução, e que parecia hesitar em apertar o gatilho: "Você vai matar um homem". Essas, sim, servem de corolário perfeito a um guerreiro disposto ao sacrifício em nome de ideais que valem mais que a própria vida. Ambas as frases foram relatadas por várias testemunhas e meticulosamente anotadas pelo capitão Gary Prado Salmón, do Exército boliviano, responsável pela captura de Che. Provenientes das mesmas fontes, merecem, portanto, idêntica credibilidade. O esquecimento de uma frase e a perpetuação da outra resumem o sucesso da máquina de propaganda marxista na elaboração de seu maior e até então intocado mito.

Leia o artigo completo da Veja (obrigado Noblat) aqui

Mais depressa se pega um mentiroso do que um coxo!

Ao contrário do que afirmara o Ministro Mantega na semana passada (*), o Apedeuta I, além de inflar o quadro dos servidores, não reduz as despesas com os terceirizados. Em 2006, os desembolsos com este pessoal atingiu R$ 12,9 bilhões, 11% a mais em relação ao último ano de Fernando Henrique, com quem Lula tanto gosta de se comparar.

No total do primeiro mandato de Lula, os gastos de custeio com terceirização atingiram R$ 43,1 bilhões, ou 4% a mais do que R$ 41,4 bilhões dos últimos quatro anos do governo tucano. Todos os valores estão devidamente ajustados pela inflação no período.
Fonte:ComprasNet, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento

(*)Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "antigamente" o Estado usava servidores terceirizados. "Havia uma ocultação de servidores. Hoje, uma parte dos novos servidores está substituindo os terceirizados", argumentou o ministro. O comentário de Mantega seguiu-se à declaração de Lula de que o choque de gestão será feito quando o governo "contratar mais gente qualificada e mais bem remunerada".


E porque hoje é segunda

Michelle Pfeiffer

domingo, outubro 07, 2007

O "Perfeito Idiota Latinoamericano"

G1 – Há algo a ser celebrado pelos 40 anos da morte de Che?
Alvaro Vargas Llosa –
Não há motivo para comemorar nada. O mito de Che Guevara é construído em várias presunções e suposições com pouquíssima relação com a realidade. Ele é visto, especialmente pelos jovens, como uma figura romântica, que morreu por seus ideais, vítima de um governo autoritário, que devotou sua vida à luta por justiça social.

A realidade é que ele incorporou o pior na tradição da violência política na América Latina e acabou contribuindo para o subdesenvolvimento do continente, tanto em termos políticos quanto econômicos. Até mesmo sua contribuição na Revolução Cubana foi desastrosa, já que ele era responsável pelo Banco Central e depois pelo ministério da Indústria e, em ambos os casos, ajudou a destruir uma economia que, na época, era a terceira maior da América Latina.

G1 – Ele é visto politicamente ora como um libertador do continente, ora como um assassino. Existe embasamento para assumir alguma dessas visões?
Vargas Llosa –
A afirmação de ele ser um assassino não é uma questão de opinião, mas de fato. Tanto antes da Revolução, em Sierra Maestra, quanto após a conquista de Cuba, Che Guevara participou pessoalmente de várias execuções, e isso está muito bem documentado. Particularmente, apontaria a época em que ele era chefe da fortaleza de La Cabaña, usada como prisão, em Havana. Ele foi responsável por esta prisão por seis meses em 1959, e neste período aconteceu a maior parte das execuções em Cuba. Ele era o presidente da banca judicial de fazia as decisões finais sobre as execuções. Estou falando em centenas de mortes, muito bem documentadas e com a participação dele.

Isso não é algo que ele negasse. Pelo contrário, ele defendia essas ações com o argumento de que a justiça revolucionária deveria seguir um código draconiano, drástico, como única forma de eliminar a possibilidade de contra-revolução. Ele se orgulhava de participar do que chamava de “limpeza” de Cuba. Não há questão de que ele estava envolvido em execuções por motivos políticos, o que só pode ser considerado assassinato.


G1 – O principal biógrafo dele, Jon Lee Anderson, defende essas ações como atos de guerra. O sr. concorda?
Vargas Llosa –
Se aceitarmos este argumento, vamos ter que aceitar que as vítimas de Pinochet também foram vítimas de guerra. O argumento da guerra serve para legitimar a violência da ditadura argentina, quando cerca de 30 mil pessoas desapareceram. Não sei de nenhuma ditadura, de direita ou de esquerda, que não tenha usado o argumento de estar em guerra como desculpa para eliminar seus inimigos políticos.


Leia a entrevista completa: G1

Palácio Quitandinha prestes a trocar de mãos

O Sesc - Serviço Social do Comércio - estuda a compra do primeiro piso, sobre-loja e sub-solo do Palácio Quitandinha, um dos principais cartões postais da cidade imperial. A negociação pode ser efetivada ainda na primeira quinzena deste mês. A transação estaria avaliada em R$ 18 milhões.
Construído em estilo normando e inaugurado como o maior cassino da América Latina, em 1944, o prédio tem 50 mil metros quadrados de área construída. São seis andares, mais de 400 apartamentos e 13 salões, que podem abrigar simultaneamente até dez mil pessoas. Os salões, que compõem o primeiro andar, têm um pé-direito de quase dez metros de altura, pisos em mármore de carrara, lustres de cristal e bronze.

Histórico do Palácio

Em 1939, o empresário Joaquim Rolla comprou parte do terreno da antiga Fazenda Quitandinha e encomendou ao arquiteto italiano, Luis Fossati, um projeto para a construção do maior cassino da América Latina. A construção começou em 1940 (ano da regulamentação do jogo) e foi inaugurada em fevereiro de 1944. Pouco depois, em maio de 1946, Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo, dando início ao processo de falência de Joaquim Rolla, que figurava entre os cinco homens mais ricos do Brasil, pioneiro em empreendimentos como os cassinos Atlântico e da Urca.

Em frente ao Palácio Quitandinha, foi construído um lago, com espelho d'água de 18 mil metros quadrados, com as formas do mapa do Brasil, tendo inclusive um farol, no ponto que representa a Ilha de Marajó.

Após ter sido gerido por uma empresa americana e pelo governo do Estado do Rio, Rolla vendeu os apartamentos, criando um condomínio e em 1963, Adelino Boralli, compra o restante do prédio e transforma o antigo cassino num clube, o Santa Paula Quitandinha Clube, que volta a abrigar shows de orquestras e grandes artistas

Nos últimos anos, o prédio permanece aberto para visitação de turistas e aluga seus salões para festas e eventos de grande porte.

O parceiro "Importantíssimo"

Ao final dos dois dias que passou em Caracas, discutindo com as autoridades locais assuntos pendentes do relacionamento bilateral, o chanceler Celso Amorim fez algumas declarações sobre a tramitação no Congresso brasileiro do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, mas se recusou a entrar em detalhes. "Eu não quero ficar aqui, fora do Brasil, discutindo um assunto que é estritamente ligado ao procedimento do Congresso brasileiro. Quando eu tiver de discutir, discutirei com os congressistas brasileiros." Nada mais correto.

Mas o chanceler não parou aí. Ele também disse que a demora da votação do protocolo de adesão "preocupa", que "uma decisão a favor é importante para o Brasil, para a integração sul-americana". Esclareceu que o governo fez vários pedidos ao Congresso para que aprovasse o documento e apresentou argumentos para "desfazer dúvidas". E ainda afirmou que, "sem dúvida, a Venezuela é um parceiro importantíssimo, mais importante que a Inglaterra, Itália ou França". Como não podia deixar de ser, entendeu-se nos círculos bolivarianos que o governo Lula está fazendo todo o possível para que o protocolo de adesão seja aprovado.

O fato é que a diplomacia lulista não moveu uma palha para explicar à opinião pública internacional - especialmente a venezuelana - que o protocolo está encalhado no Congresso porque o governo do coronel Hugo Chávez não cumpre as obrigações indispensáveis para o ingresso pleno no Mercosul. Há tempos, o governo venezuelano deveria ter enviado aos membros do Mercosul o compromisso de adoção do conjunto de normas do Mercosul. Também não estabeleceu o programa de liberalização comercial nem definiu as ações para a adesão da Venezuela aos acordos assinados pelo Mercosul.

Todas essas etapas fazem parte do processo de adesão ao Mercosul. Mas o coronel Hugo Chávez parece acreditar que elas não se aplicam à Venezuela. Afinal, se os sócios titulares criaram para ele uma categoria especial que não existe no Tratado de Assunção - a de membro pleno em processo de adesão -, por que haveriam de exigir coisas mais elementares, como a aceitação formal das regras comuns?

O Congresso Nacional faz muito bem em postergar o exame do protocolo de adesão. Tem sobradas razões técnicas para fazê-lo e incorreria em grave irregularidade se fizesse recair sobre o Brasil o ônus de uma sociedade cujo contrato omite as obrigações do sócio mais novo.

A entrada precipitada da Venezuela no Mercosul foi um erro que ainda pode ser corrigido. Os governos do Brasil, Paraguai e Uruguai cederam muito facilmente aos argumentos do presidente Néstor Kirchner, que apadrinhava o pedido de ingresso de Hugo Chávez como retribuição ao generoso financiamento que salvou a Argentina dos efeitos de uma escandalosa moratória. Na segunda-feira, o presidente Lula afirmou que até o início de seu governo a política externa brasileira padecia de "subordinação intelectual" e o Brasil era um "país colonizado" pelos Estados Unidos e pela Europa. É mais uma de suas patranhas. Hoje, sim, a política externa subordina-se ao regime caudilhesco de Chávez e o presidente Lula se vangloria disso.

O fato é que o regime bolivariano é incompatível com as finalidades e a essência do Mercosul. O bloco é uma reunião comercial e política de países comprometidos explicitamente com a democracia e com a economia de mercado. A Venezuela bolivariana se afasta cada vez mais desse modelo. Lá, Legislativo, Judiciário e Executivo se confundem com a vontade autocrática de um homem. Em breve, a ditadura se institucionalizará, com a aprovação de mais uma constituição desenhada sob medida para e por Hugo Chávez. Enquanto isso, o regime endurece e a economia está sendo estatizada e fechada, num processo que estreita progressivamente os limites das liberdades individuais e políticas. Dias antes de o chanceler Amorim desembarcar em Caracas, Chávez instituiu, nas escolas privadas, currículos obrigatórios de cunho nitidamente marxista-leninista e criou a Comissão Presidencial para o Treinamento Ideológico e a Transformação da Economia Capitalista em uma Economia Socialista. É "importantíssimo" para o Brasil não ter parceiros como esse.

Do divã

Depois de seis anos de pontuais sessões três vezes por semana o psiquiatra congratula-se com a sua paciente pelos progressos que tinha feito.
– Chama a isto progressos? – retruca a paciente. – Há seis anos era Joana D'Arc e agora não sou ninguém!

sábado, outubro 06, 2007

Para que trabalhar se podemos coletar, caçar e pescar uma bolsa esmola?

OU, POR QUE O BRASIL DE LULA NÃO PODE DAR CERTO!?

...

O novo paradigma de produção e comunicação subjacente às transformações da sociedade contemporânea é incompatível com o capitalismo tardio e de perfil mercantilista e patrimonialista vigente e revigorado pelo poder sindical petista. Tal como na Alemanha da transição do século XIX para o século XX, no Brasil, não é a "burguesia" que comanda os destinos políticos da nação, segundo prescrevia o fracassado engodo marxista. Aqui é a corporação burocrática do setor público quem comanda a sociedade e o mercado a partir do Estado.

...

A lógica que rege o funcionamento dos sistemas tecnológicos de produção e comunicação não se coaduna aos organogramas e fluxogramas burocráticos. A compressão da relação tempo-espaço provocada pela comunicação em tempo real, acelera a circulação das informações no sistema. A alta capacidade de armazenamento e processamento dos computadores aumenta exponencialmente o volume das informações em circulação.

Com isso, a competição pelo poder e pela riqueza transferiu-se das mãos de quem tem matérias primas baratas e mão-de-obra inculta, para as mãos de quem pesquisa e descobre conhecimentos novos e corre na frente para vendê-los. Criatividade, velocidade para inovar a responder demandas e flexibilidade para adaptação a uma realidade cambiante e veloz são imprescindíveis à competição pelo poder e pela riqueza sob essa realidade.

Desconcentrar e distribuir poder, eliminar a distância e os obstáculos entre os decidem e os que fazem, conferir autonomia aos nodos das redes de produção e comunicação cobrando-lhes criatividade e conhecimento tornou-se regra nas organizações privadas. Cabe ao Estado adaptar-se a essas mudanças. Aliás, a incapacidade dos regimes socialistas acompanharem essa mudança é uma das principais causas do seu fracasso.

O "programa de governo" que Lula aprofunda nesse segundo mandato caminha a passos largos e em ritmo acelerado na contramão dessas mudanças. Mas os beneficiários de curto prazo da compra generalizada de apoios que Lula patrocina junto à maioria ignorante que o apóia, e a burrice de outros tantos membros da elite empresarial, impede-os de perceber o prejuízo de médio e longo prazo dessa escolha errada.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Transportar em vez de Transpôr

Segundo a Abas (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas), o Nordeste tem uma gigantesca reserva de água de subsolo, capaz de fornecer 20 bilhões de metros cúbicos de água por ano, várias vezes superior ao volume de água a ser levado pela transposição".

"Enquanto 70% da água consumida pelos europeus e 60% pelos americanos vêm de águas subterrâneas, o Nordeste só usa 4% de seu potencial, como assinalou o engenheiro piauiense e professor Manoel Bomfim, na obra-prima `A potencialidade do semi-árido brasileiro'".

"Há um mito de que no Nordeste setentrional não há água suficiente. É uma grande falácia. Há excesso de água, graças à brilhante ação dos nossos engenheiros e sobretudo do DNOCs, que construíram, no século passado, a maior reserva de água acumulada em açudes do mundo".

"São 70 mil açudes, que acumulam 37 bilhões de metros cúbicos de água, equivalente a 15 baías de Guanabara. Os estados que mais os possuem são Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Só que esqueceram de construir a obra mais barata e eficiente para levar água à porta das casas: uma rede de adutoras, interligando-os. Resultado: hoje, o maior consumidor é o sol".

"O projeto da transposição custará, no mínimo, R$ 6,5 bilhões (especialistas calculam muito mais) e atenderá apenas, com água na porta, entre 500 mil a um milhão de pessoas e em somente quatro estados. A maioria da água irá para o agronegócio e seu tempo de construção é imprevisível".

"Já o projeto alternativo custará em torno de R$ 3,5 bilhões, levará água à porta de 9 milhões de moradores de 10 estados e não afetará o rio. E mais: pode ser construído em três anos, por ser de obras simples, locais".

Da carta de João Alves Filho a Lula, conforme publicada por Sebatião Nery aqui

O problema está em que fazer a transposição de um rio como o S.Francisco, mesmo com o risco de ele acabar secando no futuro, projetaria o Apedeuta I de Garanhuns para o Mundo, seria mais uma coisa "nunca feita nestepaiz". Já uma rede de adutoras...

Fabricantes de racismo

Rita de Cássia Camisolão, coordenadora do "Programa de Educação Anti-Racista" da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que utilizará pela primeira vez um sistema de cotas no seu vestibular, reuniu-se há pouco com estudantes de escolas públicas para prestar esclarecimentos sobre as regras do sistema. Confrontada com a questão de saber como devem proceder os jovens com "fenótipo pardo", mas certidões de nascimento que os identificam como "brancos", fulminou: "O documento comprovatório da opção do cotista é a autodeclaração, não a certidão. O que importa é a aparência."

Está claro? Mais ou menos, pois nada é o que parece quando se trata de atribuir rótulos raciais às pessoas. Na Universidade de Brasília (UnB), também é a "aparência" que importa - mas uma aparência interpretada por sábios acadêmicos e militantes de movimentos negros, congregados em tribunais raciais que até há pouco se dedicavam à análise de fotografias dos candidatos, mas agora preferem apenas submetê-los a "entrevistas identitárias". Na UFRGS, ao contrário, a aparência do candidato é definida pelo próprio candidato, o que implica uma "fluidez racial" muito maior: "negros" da UFRGS podem bem ser "brancos" da UnB.
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Produzir a bipartição racial da nação - essa é a função das cotas raciais nas universidades. Seus promotores a ocultam sob o pretexto de promoção da inclusão social, um objetivo que figura quase como consenso nacional, mas não têm nenhum interesse em políticas de qualificação do ensino público e repudiam as medidas transitórias adotadas por universidades que oferecem oportunidades especiais para candidatos provenientes de escolas públicas, sem distinção de cor.

Na UnB, dínamo principal da fábrica das raças, o sentido das coisas é cada vez mais evidente. Diante da desmoralização do método fotográfico de certificação racial, a Reitoria decidiu investir todas as fichas nas entrevistas. O método equivale a um tribunal racial político e psicológico. A comissão de entrevistadores se compõe de professores e representantes de ONGs do movimento negro. As perguntas abrangem temas como a percepção de discriminação do candidato, sua atitude diante da questão racial e suas relações com o movimento negro. A "negritude" passa a ser definida pelo potencial de alinhamento ideológico do jovem estudante com o programa racialista dos donos das chaves de entrada na universidade. (Mas, claro, nem tudo é perfeito e os cursinhos saberão preparar os candidatos para oferecerem respostas "certas" aos comissários raciais.)
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