domingo, julho 30, 2006

Follow the leader...

Durante muitos anos os Domingos começavam com a ansiedade provocada pela incerteza dos resultados das corridas de Fórmula 1.
Rindt X Stewart, Stewart X Fittipaldi X Peterson , Piquet X Prost X Rosberg X Mansell X Senna foram disputas fantásticas , em corridas que nos deixavam em suspense até ao final, com ultrapassagens a todo o instante, em que, não raro 3 ou mais pilotos chegavam nas voltas finais com chances de ganhar a corrida.

Hoje, certamente por hábito, liguei a televisão para assistir ao GP da Alemanha. Que monotonia! Que coisa mais sem graça está esta F1. Os carros continuam fantásticamente bonitos,( a Ferrari com o seu vermelho tradicional e a McLaren em prata,preto e um pouco de laranja, são de encher os olhos), mas as corridas...

As ultrapassagens , quando as há, são feitas nos boxes. Na pista é uma fila indiana, compacta no ínicio e que se vai esgarçando ao longo da prova, parecendo aquela brincadeira do sigam o lider.

O negócio é saber quem vai parar em que volta e quantos quilos de combustível cada um tem e se a estratégia é de uma, duas ou três paradas!

Se assim é , seria melhor passar a corrida para, digamos, 20 voltas, com obrigação de fazerem, uns 5 pit stops!
Já imaginaram a agitação! Os astronautas de vermelho, disputando com os astronautas de azul quem devolve o carro mais rapidamente para a pista.

Seria muito menos enfadonho e com outra enorme vantagem: o Galvão Bueno teria menos tempo para as suas proverbiais calinadas!

Bom Domingo para todos

Ah! Quem ganhou, para variar, foi o M Schumacher que assumiu a liderança quando? .... o Kimi foi para o box!

sábado, julho 29, 2006

É dos carecas que gostamos mais?...

Abaixo, em itálico, o artigo do Marcos Sá Corrêa colunista de "no mínimo". Continuo em seguida

“Para quem não de contenta com pouco”, vai logo avisando o anúncio, que oferece terrenos na região serrana do Rio de Janeiro. A página colorida promete tudo o que ultimamente se considera indispensável a uma casa de campo: heliponto, segurança particular, centro hípico com piquete, banheira de ofurô e “playground ecológico”, seja isso o que for. O loteamento tem um castelo em miniatura para crianças e outro, mais ou menos em tamanho natural, para adultos, incluindo fachada com janelas góticas e torre com ameias nos fundos, garantindo o “lazer ilimitado” dos condôminos. É a sede de um clube privado e seu nome não poderia ser mais típico, com raízes solidamente fincadas nas melhores tradições da toponímia imobiliária. Chama-se Highland.

Com tantos atributos artificiais, o lugar não precisaria dizer mais nada. Mas uma fotografia panorâmica pegou em flagrante o modelo da tal família que não faz por menos. Do alto da página, ela avalia o que um dia será seu. Está de costas para o leitor, de frente para a vista ampla e ensolarada. Homem, mulher e menina se abraçam, num gesto de contemplação maravilhada, banhados numa luz que vem de todos os lados ao mesmo tempo, como num afresco de Lorenzetti. Sob um impecável céu azul, flocos de nuvens brancas roçam a crista das montanhas. “Foto no local”, diz a legenda, para calar as perguntas dos incrédulos que, embora acostumados pela vida a não se contentar com pouco, podem achar que assim também já é demais.

‘A Ferro e Fogo’

De um lado a outro da fotografia, até onde a vista alcança, contam-se nos dedos as casas esparsas. O resto é natureza. Ou seja, um vasto mar de morros descascados, onde os tufos de capoeira se penduram como favelas vegetais. Elas também parecem meio clandestinas nesse ambiente reservado aos pastos de capim ralo, marcados em curvas de nível pelas patas de bois que há muito tempo já foram desta para melhor. O barro avermelhado lanha as encostas, sinalizando o caminho das estradas rurais que serpenteiam entre voçorocas, riscando pontos de exclamação na terra exausta que a agricultura desertou.

É, sem tirar nem pôr, o cenário “ferido pelo trabalho humano” que o americano Warren Dean descreve nos primeiros parágrafos de “A Ferro e Fogo”, a história de como o brasileiro se deixou deserdar pela Mata Atlântica. Com uma diferença. Para Dean, a erosão era a cicatriz indelével da feiúra, criada por “séculos de mineração, agricultura e pecuária imprevidentes”. Para o anúncio, ela faz parte de um patrimônio natural que, não podendo mais ser de todo brasileiro, continua pelo menos ao alcance de quem sabe o que é bom.

Ou melhor, habituou-se à perda. Afinal, trata-se de uma paisagem que está aí não é de hoje. No interior do Rio de Janeiro, começou a ser construída lá vão quase 200 anos, quando o país trocou às pressas florestas milenares por cafezais e barões efêmeros. Deixou para trás magníficas sedes de fazendas arruinadas, que poderiam ser visitadas didaticamente como monumentos à voracidade de escravocratas falidos, mas só figuram nos guias turísticos como museus do fausto senhorial. Tem tanta história que não deixa de ser genuinamente brasileira, como dizia o sociólogo Gilberto Freyre dos engenhos nordestinos. É o campo de batalha onde ocorreu a derrota “da vegetação virgem e da vida nativa”. Mas acabou “tão nossa” que mal dá para imaginar o Brasil sem ela.

Além da “vista privilegiada”, o loteamento oferece “o 3º melhor clima do mundo”. O Brasil, diga-se de passagem, deve ser campeão mundial em clima. Atibaia, em São Paulo, promove o 2º clima do mundo. Mendes, no Rio de Janeiro, o 4º. Campos do Jordão, tem o 1º, desbancando Davos, na Suíça, em índices pluviométricos, nebulosidade, ozônio e outros quesitos. Em geral, esses títulos são atribuídos à Unesco. Mas quem a consulta descobre que ultimamente ela anda muito mais preocupada com a mudança climática do que organizar torneios aéreos. O aquecimento global abalou a crença de que as coisas lá em cima não têm nada a ver com o que fazemos aqui embaixo. Mas por aqui ainda não arranhou o costume de se contentar com pouco.

Esta situação tão bem descrita no artigo acima, se repete ao longo de toda a região cortada pela BR 040 até à divisa do Estado, e continua, acompanhando a RJ 151 , margeando o Rio Paraíbuna até Valença.

Na serra, notadamente na região de Itaipava, estão dos metros quadrados mais caros de todo o RJ , possuídos pela assim chamada "elite" carioca com condições, portanto (e não me refiro apenas às financeiras) de alterar esta paisagem. Recuperando a Mata Atlântica , além do mais, valorizariam as suas propriedades...

Na região da RJ 151 estão situadas algumas das mais bonitas e imponentes fazendas dos tempos do café de todo o Brasil, quase todas já restauradas, algumas recebendo hóspedes, e querendo constituir-se num pólo de turismo cultural/rural.

A situação é, no entanto, a mesma : uma sequência interminável de morros, ou completamente "carecas", ou com um ou outro tufo de bambus disputando com os enormes e fantásticos ninhos de cupins o recorte da paisagem.

sexta-feira, julho 28, 2006

Morangos

Está na época dos morangos!
E como eles andam bonitos! E sem gosto...
Já repararam? Estão cada vez mais bonitos, enormes ( nunca os vi tamanhos!) vermelhos ( e que tons de encarnado!), vêm agora em caixinhas transparentes para nos aguçarem a cobiça, mas, estão cada vez mais sem gosto de ... morangos!
Deve ser influência dessa onda ditatorial que anda por aí fazendo todo o mundo correr atrás de um padrão de beleza inatingível para a maioria dos mortais. Exacerbando a preocupação com a forma ( até a saúde vai para o espaço com os exageros e maluquices de algumas - quase todas, eu diria - dietas da moda da vez, do suor aos litros em academias que proliferam , em esculturas feitas em série por bisturis ensandecidos, por botoxes e outros oxen), e esquecendo totalmente o conteúdo, as pessoas andam cada vez mais sem sabor!

Tal como com os lindos, mas desenxabidos, morangos que eu comprei...

quinta-feira, julho 27, 2006

Quase


Um pouco mais de sol, - e fora brasa,
Um pouco mais de azul, - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Assombro ou Paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...

Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh' alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!

De tudo houve um começo...e tudo errou...
- Ai a dor de ser- quase, dor sem fim...-
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...

Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...

Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

Mário de Sá-Carneiro



segunda-feira, julho 24, 2006

Um belo exemplo!

Acabei de bater um longo papo com a minha Tia M Isabel, que se encontrava do outro lado do Atlântico a alguns milhares de quilômetros de distância, através do MSN.

Até aí, nada de mais.Afinal a internet está aí também para isso.

O interessante, e que me fez pensar, é que ela está na casa dos 78 anos!

É médica, solteira, mora sozinha, continua exercendo a sua profissão,dirige o seu carro para cima e para baixo, e resolveu, ano passado, comprar um computador e aprender a usá-lo. Não é ótimo ter esse espírito, nessa idade?

E como tem gente que é velha aos 20 anos!...

domingo, julho 23, 2006

Domingo! Esse dia já foi chato.

Houve uma época em que detestava as tardes de Domingo!
Se estivesse em casa era aquela "lombeira"pós almoço. Como se come no almoço de Domingo...Aquele Jornal do Brasil ( que era um ótimo e enooooorrrrrme jornal)...
Se tivesse ido viajar , era a hora de pegar a estrada de volta.
De toda a maneira era o fim do fim-de-semana! A musiquinha do Fantástico, então, era deprimente...

Hoje em dia, adoro os Domingos. É dia de estar com os filhos ( que fazem faculdade no Rio de Janeiro, sobem na sexta, passam o sábado com a mãe e vêm almoçar comigo aos Domingos).
É o tempo de matar as saudades, colocar a conversa em dia, saber das novidades, fazer planos, falar um pouco de tudo e muito de nada.
Estar junto. (É como é bom estar junto dos que amamos!)

E já que é Domingo é também tempo de ler a tirinha do:


Ah ! Continuo detestando a musiquinha do Fantástico ! Aliás não é só a musiquinha...

Se quizer receber uma tira diária de humor sarcástico desse gordo incorrigível click : Garfield

sábado, julho 22, 2006

Melhore a qualidade da sua vida! E da minha...

Gosta de florestas? Pássaros cantando? Flôres? Animais silvestres bebendo em riachos com água cristalina? Ar puro?
Então vá aí em baixo, plante uma árvore com um click e ajude a recompôr a Mata Atlântica!
É grátis e, com toda a certeza, melhorará a sua qualidade de vida ... e a minha!

Plantar

sexta-feira, julho 21, 2006

Conseguirá o nosso apedeuta ...

Conseguirá o nosso apedeuta-mór, e o seu ministro das relações exteriores ( ou será dos negócios estrangeiros?), nos explicar porque se gastou tanto dinheiro na tentativa de conseguir um assento como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU ( até tropa para o Haiti foi, lembram?) se não temos condições, sequer, de retirar os nossos compatriotas da região em conflito no Líbano? O resto do mundo manda navios, de guerra ou alugados, freta "jumbos" e nós que temos a maior colônia de todas... um avião da FAB!!!
O que terá passado pela cabeça das pessoas que,na sexta-feira passada, ao procurarem a nossa embaixada pedindo socorro/ ajuda/ informações/ amparo/orientação, o que fosse,no meio do tumulto, com as casas sendo destruídas por bombas e pessoas morrendo , receberam um sonoro "É fim de semana. Estamos fechados! Volte segunda!"?????

quinta-feira, julho 20, 2006

Que contraste!

Soube ontem, através de um telejornal, que somos o quarto país em consumo de produtos de beleza e higiene pessoal.

Hoje, na minha caminhada matinal, passo por dois ou três coletores de lixo (desses que a prefeitura espalha pela cidade onde moro, para não ter que fazer a coleta diária de porta em porta , como deveria) e vejo mais lixo fora do que dentro desses depósitos de doenças e mau cheiro.
Ao longo do rio, beirando a rua, sacolas de supermercado, garrafas de refrigerante, pneus...

E a indagação é inevitável: como podemos ao mesmo tempo ser tão ciosos de nossa higiene e beleza pessoal e sermos tão porcos ( os bichos que me perdõem) e desleixados com o nosso habitat?

Um carro passa. Uma mãe levando o filho uniformizado para o colégio. A janela da motorista se abre e cospe uma caixa de suco vazia!!!
Alguém que não teve tempo de, entre o creme anti-rugas "x" , a loção hidratante "y" e a pomada rejuvenescedora "xpto", tomar o café da manhã em casa, com a família...

domingo, julho 16, 2006

My house is a very, very, very fine house, with two dogs in the yard...

My House



Assim que der publico a foto dos meus dois companheiros de todas as horas. Dois legítimos street spaniels (mãe Cocker e pai Desconhecidíssimo) que atendem, às vezes, pelos nomes de Kevin e Jung.